Técnicas de Psicoterapia Holística,
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sábado, dezembro 01, 2012

 
 
 
 
 
 
 
COMO   MANTER  SEU  TRABALHO
Pirineus de Souza
“Quando a Depressão Ataca”
Em meio a outras colocações o assunto já foi abordado de maneira mais indireta, mas é primordial fazer-se a pergunta: o meu trabalho me interessa de fato? Não será ele a causa principal dos meus problemas? Poderei sobreviver sem ele? Uma reciclagem não seria interessante para mantê-lo? A procura de uma outra atividade não é mais aconselhável?
Faça sua análise particular e com o seu terapeuta, quem estará prejudicando quem. O seu trabalho a você, ou você a ele? Se for você a causa, tente de toda forma se readequar a ele, pois como o desemprego e a competição dos dias de hoje são grandes, não podemos ignorar que no seu estado, só tenderá a levar desvantagens, relativamente àqueles que estão bem e no páreo.
Se nas perguntas iniciais você se conscientizou que não terá meios de sobrevivência sem o que faz e não tem outra opção para outro reinício, alie-se aos remédios e aos terapeutas. Troque-os se necessário. Encare os fatos como possíveis e não como passíveis de serem resolvidos.
No desempenho das suas tarefas, você lida com equipamentos que exigem atenção, ou agilidade na operação? O seu médico terá que saber para adequar a medicação a esse manuseio, ou mesmo afastá-lo, enquanto não tenha condições.
Observe-se, como está a sua destreza, a sua atenção, os seus reflexos, a produtividade. Escute as considerações que lhes sejam feitas, todos são indícios para não acontecerem fatos desagradáveis e não sendo possível você executar suas tarefas habituais, tente uma mudança temporária nos seus afazeres.
Afastamentos só devem acontecer em último caso e a volta ao que habitualmente você executa, só quando estiver apto. Evite ao máximo os pedidos constantes de licenças e nesse tempo, não use as folgas facultativas desnecessariamente. Você poderá precisar delas mais à frente. Caso você ainda não fez uma autocrítica, outros podem fazê-la. Basta não valorizar a assiduidade, o desemprego, a cordialidade para com os colegas, e você sabem, a fila de interessados em sua vaga é imensa.
Portanto, não despreze os detalhes que no final podem contar pontos.
Nem sempre somos ligados às Leis Trabalhistas, mas elas contém nuances, detalhes que antes nos pareciam supérfluos.
Mas, nesse momento, é indispensável que os valorizemos e os entendamos. Para isso, procure ler sobre o assunto e se informar, até onde vão os seus direitos. Informe-se de pormenores, entrelinhas, inclusive assegure-se deles. Faça consultas junto ao seu sindicato, a profissionais que entendam.
Por vezes vemos o chefe, o patrão como vilões, e nem sempre vamos estar em estado de autocriticar-nos e concluirmos pela nossa culpabilidade nos problemas com o trabalho. O dito popular, "a corda sempre arrebenta do lado do mais fraco" é verdadeiro. Compulsivamente, somos levados a tomar partido de nós mesmos, mas será que estamos certos? Não foi falha nossa?
Nesse sentido é bom sabermos junto aos nossos superiores como anda o nosso desempenho no serviço e reflita se é possível uma melhora, ou se estamos aquém dessa expectativa devido ao nosso estado.
Seus colegas por certo estão achando-o diferente, mas não têm idéia da sua turbulência interior. Não é necessário que o saibam, a não ser os mais íntimos. Hoje a medicina é capaz de ajudá-lo a camuflar os sintomas e mais uma vez repito, não estou pedindo ou induzindo você a mentir e sim, tanto quanto possível, omitir.
A tristeza por si só, talvez não lhe tenha causado sintomas aparentes e lhe seja difícil guardar só para você o que está se passando. Como a depressão é muito complexa e difícil de ser compreendida, os profissionais da medicina que no momento lhe tratam, não são vistos pela maioria como os mais recomendáveis. Se reserve. Sempre haverá alguém para tocar na ferida. Seja cauteloso em seus desabafos e em sua maneira de agir. O momento assim exige. Se alguma das perguntas iniciais não puder ser respondida de imediato, não se apresse em fazê-lo. Deixe para quando os problemas estiverem sob controle. Também analise onde você se enquadra e quais as soluções a tomar.  
Observe se não está chegando atrasado ao seu trabalho. Se não está se ausentando com muita freqüência, ou mesmo saindo mais cedo. O dormir poderá estar sendo um canal de fuga, a ida ao bar da esquina... Aqui dou uma parada maior. Você não estará bebendo demais, e mesmo durante o horário de expediente? Mesmo que não esteja fazendo isso durante seu horário de trabalho, a sua ressaca não estará interferindo no seu humor, na sua capacidade de raciocínio? Responda para você mesmo: o álcool não pode estar servindo de válvula de escape?
Se for, reaja, procure ajuda, pois se você não se contiver, não só seu trabalho estará comprometido, mas todo o seu mundo, interior e exterior. Seja o álcool, remédios sem serem devidamente receitados, drogas, todos são inimigos do seu sustentáculo. Se por esses caminhos ocorrem as suas fugas, que seja apenas um deles, continuar realimentando-os significa uma derrota após outra em sua vida. A mistura de qualquer um desses vícios com antidepressivos pode ser fatal, sem contar nas seqüelas que podem provocar. Durante o seu tratamento nem o hábito de beber socialmente pode ser cultivado, tampouco a já famosa primeira dose. Olhe a sua volta, quantas pessoas não têm o privilégio de poder trabalhar como você. Não tiveram as oportunidades que você teve, não são preparadas profissionalmente como você, têm deficiências que as impossibilitam de exercer o que você executa. Agradeça a vida por assim ser, e procure os meios para que continue. Pode até parecer impossível, mas você terá que lutar com todas as suas forças e meios. Mentalize: minha depressão vai passar e vou ter de continuar a trabalhar. Ela há de passar mais cedo ou mais tarde e seu trabalho continuará.
Portanto, não encoste, não o afaste antes do tempo certo ou devido.
No capítulo “Ela Aposentou Você” literalmente, enfoquei situações em que as pessoas involuntariamente tiveram de se aposentarem, devido á depressão. Existem casos em que nem toda boa vontade do mundo conseguiu deter a marcha dos acontecimentos. Mas como foi tratado, nem tudo está perdido e para continuar a viver, sempre há de existir esperanças e sonhos.
Nunca tudo estará perdido. Mas esse não será o seu caso, você há de se superar e recorrerá a todos os meios ao seu alcance para se manter ocupado com o seu trabalho. Pense nessa possibilidade e vislumbre um futuro sombrio, a ociosidade, a falta do que fazer. Será bem pior de administrar. Talvez tenha que redobrar suas forças, a sua criatividade para um recomeço incerto. Nada melhor que autocontrolar-se e manter o certo, o seguro e que você já sabe como fazer.
Com ajuda ou sem ela, você concluiu que o seu trabalho é o motivo real da sua depressão. Nada mais resta a fazer. Você não se sente bem, falta-lhe motivação, sente calafrios só de pensar no trabalho, é a angústia do seu existir. Pode ser uma conclusão camuflada, às vezes "os colegas" são os que mais o chateiam e você não pode afastá-los. Seja prático, peça transferência para outro local. Não fuja da realidade, que o problema é você e não os outros. Fale com seus terapeutas, encontre caminhos, paliativos, um meio termo para harmonizar o quadro. Caso todos eles falhem, não aja por impulso. Isso sempre, ou quase sempre, funciona. Se tudo estivesse bem com você, o seu espírito de luta, de autoperseverança poderiam lhe ajudar, mas não é esse seu caso. Agindo cautelosamente, você poderá manter seu trabalho até que se recicle, aprimorando-se em sua própria atividade ou em outra. Só que procurando acertar para que não venha no futuro, arrepender-se da escolha.
Errar é humano, mas perseverar no erro não é nada recomendável. Sendo a vida uma escola, olhe ao seu redor e encontrará muitos exemplos do que estamos falando.
Por você ter caído de cabeça no seu trabalho, esqueceu-se de avaliar suas condições físicas e psicológicas para executá-lo e dar continuidade a ele. O bom senso manda você ir mais devagar à consecução dos seus objetivos, ou até mesmo dar um tempo para que você volte à forma. Essa de que "o importante é agora" poderá estar sendo a causa da sua situação, no fundo do poço. E o futuro? Ninguém depende de você? Nesse seu futuro está seu trabalho? Sem ele como será a sua vida? Não será a falta de férias? Mas preste atenção, se você as gozou e alguma coisa ainda vai de mal a pior, será que realmente é o seu trabalho o problema? Se questione, se cobre uma resposta. O motivo pode ser outro bem diverso para a sua falta de motivação e tristeza.
Enfoquei os prós e os contras, devido aos casos em questão, tenderem a se manter enquanto não houver a superação ou aniquilação dos motivos que os ocasionaram.
O seu trabalho não estará sendo afetado por causas externas, devido aos seus problemas afetivos, a sua situação financeira, a sua saúde física? Os motivos poderão advir deles e não do seu serviço. Só o culpe, quando afastadas todas as possibilidades. Ele não pode tornar-se bode expiatório, se é essencial para a sua sobrevivência.
Priorize seus valores, a solução dos problemas que o afetam, revitalize sua vontade de trabalhar, de produzir. Você pode ter 20 anos e se encontrar nessa situação, mas vale à pena abandonar o que você está fazendo? Pode não ser ele a causa.
Você pode ter 40, 50 anos, a situação é a mesma? Diria que sim, pois todos terão de recomeçar, nem sempre assertivamente. Daí, você pensa como a estrela do outro brilha e a sua não. Acontece. Nem perfeitos somos por natureza. É tudo uma questão temporária.  Depois, mais equilibrado, o brilho da sua voltará. Por isso repetimos, vá sempre em frente, nem que seja pelos lados.
Você já tem tempo de serviço suficiente para aposentar-se, mesmo assim racionalize. Não o faça enquanto não tiver outras perspectivas de atividades ocupacionais, coisa que já deveria ter feito, mas foi pego de surpresa pela angústia. Protele, até pressentir o que vai fazer, mesmo que o impossível aconteça: chegar à conclusão que não poderá fazer nada. Mas aí você terá todo o tempo do mundo para pensar e chegar as suas próprias conclusões.

sábado, outubro 20, 2012

Para Manter seus Círculos Afetivos

 (Quando a Depressão Ataca - Pirineus de Souza)

 Avalie como andam seus relacionamentos, seja em casa, na sociedade, no seu trabalho (lembre-se que por oito horas úteis/diárias, você convive com esses colegas). Alguma coisa mudou? Até que ponto você aquilata a sua tristeza? Se sente só, abandonado? O que fez para que as pessoas se afastassem de você? O seu humor despenca das nuvens para o chão e vice-versa? Na troca de apenas algumas palavras já sente necessidade de agredir o seu interlocutor? Ou já não existe diálogo? Seu mundo está mudo? Pare e pense: o que você tem feito para manter os seus relacionamentos? Nada? Você está amargo e a vida não tem sentido.  O que os outros
vão querer com a sua amizade, o seu amor, sonhos? Como compartilhar o que você não tem para dividir? Encheria páginas e páginas de perguntas para as quais você só teria uma resposta – não tenho feito nada para cultivar o meu lado afetivo. Quando muito, poderá responder: tenho tentado, mas me falta ânimo, autocontrole. Assim você vai ficando cada vez mais só. Os círculos dos quais estou falando são como plantas. Se você não regar, morrem. E não serão fáceis de serem reconstituídos. Afinal, você está lidando com o que há de mais caro na sua existência, depois da própria sua vida. Seus bens materiais, você não levará quando morrer. Preste atenção que caixão não tem gaveta. Mas, os sentimentos, esses, mesmo depois da sua partida, ou de outrem continuarão, na saudade, nas lembranças.
O pior que poderá ocorrer será você ter que tentar reconstituí-los, depois que a sua alegria de viver voltar. O casamento se desfez em casquinhas. Você já não tem o carinho da pessoa amada. Seus filhos não se fazem presentes; seus amigos se afastaram. Guardaram de você a imagem de uma pessoa amarga, presa em sua própria essência. E para reconquistar esses entes queridos, você vai ter que lutar e poucos entenderem suas grosserias, seus atos impensados.
Não vejo outra saída para evitar suas bruscas mudanças, que não o auxílio terapêutico. Com as suas orientações e remédios moderadores ou equilibradores de comportamento, muito mal-estar poderá ser evitado. 
Amizades, amor, novos círculos de relacionamentos, não são fáceis de constituírem. Exigem uma infra-estrutura para trocas e não podem surgir do nada.
Entenda que palavras podem machucar mais que uma agressão física. Cicatrizes poderão ficar gravadas, por mais que você tente amenizar o quadro. E nada mais poderá ser como antes.
Na recuperação da sua vida, as pessoas hão de ser muito importantes. Você poderá sentir como seria mais fácil se pudesse contar com a ajuda de fulano ou de sicrano. No entanto, por um tempo você se alienou e os demais podem ter interpretado como pouco caso da sua parte. E como explicar o inexplicável? Como recompor essas amizades, seu amor? O perdão é pregado principalmente da boca para fora. Assim quem estará disposto a lhe perdoar? Durante esse tempo, você se conscientizou dentro de seu quadro de autopiedade, que se você quisesse alguma coisa, teria que se safar pelos seus próprios meios. Se mandasse ou pedisse, poderia não surtir resultado.
Mas você esqueceu-se de analisar que a vida dos demais viventes também estava em andamento e eles não podiam parar para esperá-lo. Você se magoou, e acha-se abandonado por isso.
A sua tendência é a de generalizar que todos se voltaram contra você, e aí se pergunte, há quanto tempo já não procura mais aquele velho amigo de longas datas? Pode ser que o tenha visto ou se comunicado com ele antes que a depressão o acometesse. Talvez um simples telefonema possa restabelecer a situação. É bom constatar antes de generalizar. Se por uma causalidade encontrar um amigo, poderá aquilatar que o sentido de rejeição é só da sua parte. Os que o rodeiam e que o acompanham de certo são os mais prováveis de sentir ressentimentos com relação a sua pessoa. Mas no seu balanço afetivo, depois que tudo estiver de volta ao normal, você até agradecerá por ter se afastado de alguns. Foi preciso acontecer o inevitável para que você as visse por inteiro. Para aquelas a quem o convívio lhe faça falta, recorde que perdão foi feito para pedir e para dar. Vença essa barreira. Os círculos provavelmente irão retornando e certamente algumas baixas haverão de acontecer, umas mais, outras menos sentidas. As mais representarão mais que uma perda financeira, ou um bem material. Daí insistirmos na preservação ou tentativa de manutenção dos relacionamentos de uma forma equilibrada para que você não se arrependa depois.
No capítulo “Os iguais se atraem”, abordei o assunto, mas não é demais repeti-lo. Figurativamente falando, em seu vale de lágrimas, de uma forma ou de outra, você tende a se aproximar de outros depressivos. Na sua situação, já tem problemas de sobra, ainda tem que escutar e muitas vezes tentar resolver os alheios. Antes você era um elo achado nos momentos de aflição dos seus amigos, dos seus familiares. Agora, mesmo no estado em que você se encontra essas pessoas nos momentos de desespero, não recordarão disso e continuarão a procurá-lo. Isso não o poupará de eventuais pedidos de ajuda e mesmo de ação.
Pondere e se ame antes de tomar qualquer iniciativa. Seja egoísta. Se a sensibilidade dos outros não é suficiente para entender o seu estado de espírito, eles não perderão a oportunidade de continuar a se apoiar nos seus já frágeis ombros, antes tão fortes. Não procure dar o que não tem, seu ânimo está enfraquecido. Explique-se de forma tal a não afastar-se daqueles que sempre confiaram na sua pronta ajuda. Seja diplomaticamente correto. O egoísmo sugerido é no sentido de se preservar, de não sofrer mais do que está sofrendo. É poupar-se de emoções passíveis de serem evitadas, nesse momento em que a busca do seu equilíbrio é tão necessária. 
O altruísmo nessa altura do campeonato não deve ser a peça chave em seu contexto. Somos o que "piscamos" para aqueles que nos cercam e para muitos, somos como faróis, sendo que de momento você não está em condições de iluminar caminhos. Muito pelo contrário, está à procura nem que seja de um raio de luz para si mesmo.
A natureza nos mostra que as árvores têm raízes que servem como que pára-raios para escoarem as descargas elétricas. Faça e recomende encostar a uma, que mal não lhe fará, pois as cargas negativas se escoarão através desse contato.

domingo, setembro 23, 2012


Procurando a Cura

Pirineus de Souza
"Quando a Depressão ataca"

A procura da cura, das saídas, a luz no fim do túnel, exigem uma longa caminhada e certamente nunca fácil.
Em primeiro lugar, o depressivo tem que se conscientizar do amor por si mesmo. Em segundo, sair da mesmice que qualquer especialista médico é o indicado para o seu caso. No máximo poderão encaminhá-lo para os psicoterapeutas capazes de mostrar o que fazer.
Pessoas do relacionamento do depressivo hão de notar que o ambiente ao seu redor está comprometido. E se não puderem, pessoalmente, tomar alguma atitude, que peçam ajuda. O importante é deter a bola de neve que está se formando. O paciente tem que acreditar ser ele um tesouro no universo. Sentir-se amado; amparado. Atentar que as oportunidades existem para todos e vale o lembrete: se a vida lhe deu um limão, faça dele um limonada. É necessário dar sentido para sua existência. É preciso, caso a pessoa não seja capaz, mostrar-lhe esse caminho. É necessário compreender que não devemos somar nossos problemas, fazendo de todos um só pacote e sim resolvê-los, um de cada vez. Ao nos defrontarmos com um deles, nos coloquemos a sua altura, em pé de igualdade.
Por maior que ele seja, devemos imaginar estarmos subindo uma escada, degrau por degrau e olhando-o de cima, ele irá ir ficando pequeno, até ficar do tamanho devido. Ao problema que aparecer em meio a outros e que você não tenha a solução de imediato, hoje ou daqui a um mês, eu pergunto, vale a pena se desesperar? Vale a pena não dormir? Ficar irritado?
Nessas ocasiões, o autocontrole é de muita valia, no sentido de organizar cada compartimento da sua mente e estar contribuindo para a volta do seu perfeito equilíbrio.
Seguir a orientação dos psicoterapeutas é primordial e sua colaboração mais ainda, inclusive observando as suas reações durante o tratamento. Isso poderá acarretar mudanças na medicação, nos métodos terapêuticos, o acréscimo ou diminuição de remédios e sessões. Devo lembrar que o doutor é o médico, ele estudou para isso e a você só resta colaborar. Não devemos pular de galho em galho, trocando de especialistas.
Pode não ser bom, pois eles abordarão um caso já em andamento e terão que pesquisá-lo desde o início. Mas nada o impede de analisar os resultados que esteja alcançando. Se notar que outros profissionais sejam mais indicados, mude. Afinal, você se ama e sabe o que é melhor para si próprio.
Não dê ouvidos a quem o criticar pelo uso de remédios. Eles existem para proporcionar bem-estar e não serão os "outros" a impedi-lo de fazer uso deles. Na hora certa seu médico poderá ministrar-lhe apenas doses de manutenção, ou mesmo se poderá deixar de tomá-los, marcar consultas de rotina.
A essa altura, você já terá entendido o quanto valeu a pena passar por cima dos preconceitos e ter uma qualidade de vida melhor.
Em suma, a doença é sua e cabe a você assumi-la. É uma bandeira que outra pessoa não poderá carregar. No máximo, ela poderá compartilhar com você dessa sua viagem.
Como o terapeuta é peça chave nos distúrbios de comportamento, o leigo pode ser levado a pensar que ele só cuida das "neuras" da vida. E que seu quadro de tristeza, independente da fase de duração e intensidade, não seja da competência desse especialista. As metodologias de tratamento podem até se confundir, mas no seu caso, o motivo é a desorganização dos neurotransmissores cerebrais e se não tratados convenientemente, seqüelas poderão dar origem a outros distúrbios de probabilidades catastróficas - iguais ou maiores que uma depressão.
A reordenação dos seus neurônios exigem a assistência médica e terapêutica especializadas. Você poderá estranhar a aparente frieza desses profissionais, aptos a cuidarem de você, sem envolvimentos emocionais. Seja qual for o caminho escolhido para se ajudar, fique atento para embarcar na primeira oportunidade para o caminho da vida normal.

sábado, setembro 01, 2012

DEPRESSÃO


 
 
 
 
 
 
 
 
 
As Internações

 Pirineus de Souza
"Quando a Deprssão Ataca"
 
Os pacientes tratados em suas residências tendem a apresentar melhores resultados que aqueles tratados em clínicas, pois o aconchego do lar é mais salutar. Mas digamos que nessa sua jornada, algum motivo o levou a uma clínica. Seja ela qual for não se trata de um clube (principalmente de lazer) e não é agradável; muito pelo contrário. E se essa clínica for de repouso, você se defrontará com casos de dementes mentais. São seres humanos fora da realidade. Sua cabeça está a mil com as palavras desconexas que ouve, com os gritos e a visão de comportamentos atípicos. Se estiver lá para uma sonoterapia vá lá, mas por outros motivos, há de presenciar cenas que por certo o marcarão muito e poderão servi-lhe de alerta. É nesse ponto que cobramos a sua auto-análise e crítica. Muitos que assim estão não encontraram a saída e enveredaram por outros meandros de doenças mentais. Foi à entrega para as drogas, o alcoolismo, ou outras formas alternativas encontradas para se livrar da tristeza. Uma coisa puxa a outra, que você vê nos olhares, nas expressões, ou na fúria pela falta de controle.
Se a falta de apetite debilitou-o a ponto de chegar a uma internação, você poderá conviver, mesmo que em um hospital comum, com outras doenças. E querendo ou não, irá se deparar com quadros deprimentes, que em nada contribuirão com a sua melhora.
Abordei em outro capítulo, as doenças oportunistas que atacam a pessoa depressiva, inclusive as fatais. Já pensou estar em um hospital convivendo com elas? 
Poderia descrever inúmeras oportunidades de situações a que seu caso pode chegar. É preciso, ainda que me torne repetitivo, atinar para a recuperação da sua auto-estima, cuidar-se tanto mental como fisicamente, se autopreservar para não incorrer ou reincidir em internações. São situações extremadas, mas que infelizmente ocorrem.
Para a guerra aqui tratada, todas as armas são válidas. Usem-as todas, inclusive a principal, o amor próprio, pois sem ele, o seu arsenal estará fraco e as demais não surtirão o efeito desejado.
 
 

sábado, agosto 04, 2012







SOLIDÃO

Pirineus de Souza
“Quando a Depressão Ataca”


Sua rotina diária foi quebrada por algum motivo, e não foi para melhor. Tudo o que você faz passa a não ter sentido. Seu  humor  está  entre  altos  e baixos; você magoa  desnecessariamente  aqueles  que  o  cercam, e  eles estão se afastando. É quando constata que está só e com todos os seus problemões. É tudo uma questão lógica.
Questione-se: você está se amando? Procura ajudar-se e ser ajudado? Está procurando resolver seus problemas? Até que ponto você está colaborando, não só com o seu terapeuta como com as demais ajudas? Ao se fechar em copas, a tendência do quadro é piorar. Se trancar em casa está sendo a solução?
Afastar os amigos o faz mais feliz? Insistir em fazer alguma coisa está indo adiante? Se você não estiver fazendo nada disso, provavelmente estará só consigo mesmo. Estará sendo o seu próprio asilo. Vale à pena? Evidente que não.
Positive a mente e as ações, lembre-se de compartilhar sua vida, pois você não está só no mundo. Procure ensinamentos e beleza nos pequenos detalhes que antes não via, nesses momentos em que está a só consigo mesmo.
Evite a falta de diálogo pelo afastamento dos meios de comunicação, para não lhe faltar assuntos atualizados. Procure antenar-se. A Internet é ultra-interessante, mas poderá aliená-lo ainda mais. Navegar é preciso, mas exige cautela.
Com a sua força de vontade, essa solidão haverá de ser passageira, vale a pena positivar-se. Como não há nada como um dia após o outro, faça do seu dia seguinte, algo mais participativo, caso não esteja se sentindo bem sozinho.
Existem muitos trabalhos comunitários; atividades que não constavam de seus planos e que agora poderão ajudá-lo a se sentir útil e ao mesmo tempo, torná-lo menos só.
Com tudo isso é passível de acometer o depressivo e, se seu caso chegar a afastá-lo de suas atividades habituais, as saídas apontadas o ajudarão a preencher o seu tempo, até voltar a estar apto para o seu dia a dia.
Torna-se controvertido quando por vezes alertamos: afaste-se de outros depressivos, ou pessoas predominantemente negativistas. Depois, recomendamos essa aproximação para sua auto-avaliação, para que compare com o seu próprio estado depressivo; ninguém melhor para fazê-lo. Outras vezes, a recomendação é que se aproxime só de pessoas de alto-astral, para que se beneficie dos seus fluídos positivos. Tudo serve como parâmetro. Seu estado de saúde mental, e seu humor, constituídos de altos e baixos, são os motivos dessa simbiose proposta. É a aproximação com o que se julga normal e com situações extremadas. Sua auto-análise, a distribuição dos problemas e soluções devem ser alojadas nos compartimentos adequados do seu cérebro. E seu amor próprio, mais do que aqueles que o cercam, será o pêndulo, o fiel da sua balança para a volta do equilíbrio.
A ciência médica está do seu lado, mas para o seu estado de angústia parece lenta. O milagre acontece com o casamento desses recursos, com a sua força de vontade.
Procure não se sentir e/ou ficar só. Essa solidão há de ser passageira, a não ser que dela tenha gostado - muitos assim o fazem. Mas se não for esse seu caso, recorde-se dos seus relacionamentos pessoais. Como eram curtidos os seus finais de semanas, suas férias, suas reuniões de amigos. Tudo isso há de voltar a ser como antes. Pode parecer agora, sobre-humano exigir isso de você, que está tão desinteressado por tudo. Mas, acredite, ela essencialmente está em sua vontade de vencer. Sobreponha-se aos seus temores de aproximações interpessoais; separe o que lhe parecer bom. Errar é humano, e sempre temos que insistir em buscar saídas não ilusórias. E ainda que débeis lhe pareçam, podem se tornar consistentes.
Ficar olhando para o teto não é a solução. A sua tristeza está aí, presente mais do que nunca, mas a sua volta, o mundo vibra. Sinta isto e saia da casca de ovo em que se meteu, procure participar.
Antes você chorava por qualquer motivo, com ou sem ele, mas os remédios devem estar colaborando e ajudando-o a controlar-se. Então, deixe essas lágrimas para outros momentos.
As suas angústias do agora exigem outros procedimentos. Você está precisando dos olhos límpidos e secos para enxergar melhor o que a vida pode lhe oferecer.
Estou à procura de um antídoto para a sua solidão e diversos caminhos já percorri.
Na peça –" Entre Oito Paredes”, de Maurício Witczar, o canal de conversação entre duas pessoas foi aberto através do telefone, que servia para preencher suas solidões. Ele funciona como lente de aumento do ser humano. É muito utilizado para sair do encarceramento urbano tecnológico, aprisionado que está dentro de suas fantasias, ou melhor, de si mesmo.
O aparelho está a seu alcance, mas pondere para utilizá-lo.
Do outro lado da linha estão pessoas preocupadas com seus próprios afazeres, mesmo seu terapeuta.
A tendência normal de quem se sente só, é procurar alguém que, se não o entende, pelo menos o escute. Contudo, autocensure-se: não fique ligando a torto e a direito. Espere que as pessoas interessadas em você o façam. A sua insônia, a sua inatividade não pode servir de arma para quem assim não se encontra. É necessário respeitar a privacidade dos outros.
Você se sente só. Mesmo em meio a uma multidão, não está nem aí para o que está acontecendo. Ficar só ou rodeado de pessoas não resolve o seu estado de espírito. O meio para se livrar do isolamento, só você e mais ninguém será capaz de encontrar. No máximo, alguém poderá sugerir algo que ainda não lhe tenha passado pela cabeça. A vontade é sua; quem sabe se trabalhar mais seja a saída? Pelo menos você estará fazendo alguma coisa produtiva.
Situações assim somente serão compreendidas por aqueles que de fato estão com seus espíritos realmente tristes.
As fugas de situações, por mais simples que sejam, são as tendências naturais para o depressivo e ficar solitário é uma delas. Dormir também é muito usual, esquecendo-se que ao acordar estará tudo igual, e nada foi feito para sanear os obstáculos. Estes que só serão solucionados se tomadas às providências - de iniciativa própria ou sugeridas - para cada caso.
Sua solidão há de ser passageira, nada mais é que uma companheira da tristeza, das horas difíceis. Com sua autodeterminação, ela passará a fazer parte de um tempo, de uma página virada. E uma vez reintegrado na sua convivência normal, você há de esquecê-la.

sábado, julho 07, 2012







Os Iguais se Atraem

Pirineus de Sousa
Quando a Depressão Ataca

Em seu viver, aconteceu de você conhecer outras pessoas depressivas. Afinal, ninguém melhor para entender um depressivo que você, uma aproximação senão de iguais, pelo menos de parecidos, em momentos especiais. Ouviram-se, tentaram se aconselhar mutuamente e procuraram tirar lições disso tudo. Mas nem sempre é assim, você pode levar a pior.
Não se pode esperar que você absorva toda uma carga negativa de alguém que em outra circunstância, poderia receber de você toda a sua atenção e ajuda. Mas seu momento também é especial e tanto quanto para o outro, existe a sua carência. Mantenha-se eqüidistante, não por egoísmo, mas por amor próprio. Os especialistas da área se preparam por anos a fio, aprendendo a construir barreiras em torno de si mesmos, para tratarem com os seus problemas e de seus semelhantes. Eles foram treinados para ficar imunes, para ajudar os seus pacientes e você não tem esse escudo. Sendo necessária essa convivência, da sua parte ou da outra, mesmo porque quando escolhemos amigos, devemos estar preparados para aceitá-los como eles são. O importante é que em seus contatos você se poupe. Use da franqueza, quando sentir que não está apto ou disposto a compartilhar de problemas. Não há necessidade de ser grosseiro. Aja com naturalidade, ninguém é perfeito e todos estão sujeitos as pressões externas.
Procurando se fortalecer, você estará apto a ajudar essas pessoas que ainda não conseguiram superar as crises.
Nem todos tiveram a coragem de procurar especialistas para expor seus problemas como você. Aborde a questão, explicando que o primeiro passo é procurar alguém capacitado para ajudá-lo. Os papos nas seções de grupo são muito profícuos e interessantes, tudo porque têm a devida orientação. Mas entre leigos, a coisa pode não ser positiva para ambas as partes. Nesse estado de incertezas, o melhor é termos exemplos construtivos, vivenciados positivamente e abordados de forma tal que só tragam benefícios.
As oportunidades para essas aproximações não haverão de faltar. Mude de posição com a outra pessoa até aqui tratada, a recíproca é verdadeira. Ela correrá os mesmos riscos, e ambos devem conversar, mas com quem tenha, como já dissemos, estrutura e preparação para tal. Quem está vendo a cara não está vendo os sentimentos. Até médicos de outras especialidades podem ser pessoas não indicadas para ouvi-lo. O que um ortopedista, um gastro, ou outra especialização não voltada para a saúde mental, poderão fazer em seu caso, a não ser que deles precise para os tratamentos para os quais são indicados?
Na sua fragilidade, a tendência é emprestar seus ombros mais que o necessário e justo, nesse momento em que precisa estar alerta para vislumbrar uma réstia de luz no fim do túnel.
Fica suscetível de se envolver com os problemas alheios, daqueles que necessitam tanto quanto você de ajuda. Mas, antes de se dar, ponha-se em primeiro lugar. Dos embates da vida ninguém está livre. Seja o seu próprio exemplo. Ninguém é dono do mundo, e desde o seu princípio, com certeza, eles existiram e não será você a resolvê-los todos.
A insistência na sua preservação é porque você tem que fazer as pazes com a vida. Ela tem que continuar e para isso, há a necessidade de se aplicar a lei da sobrevivência, perceptível nos animais mais primários, daí...
Nunca é tarde lembrar que você está nesse grupo provisoriamente, não definitivamente. Você ficará nele dependendo da sua força para lutar. No caso, querer tem que ser poder, sem meias medidas.
O amigo com quem você não quis, talvez momentaneamente, compartilhar das tristezas, amanhã também já estará fora das amarras depressivas e assim, poderá saudavelmente, desfrutar de um convívio construtivo e alegre.
Daí ter colocado sobre a ponderação, o doseamento nos colóquios, o não cair de ponta-cabeça nos problemas alheios.
Espere por dias melhores e não tenha a consciência pesada elas suas atitudes. A troca de informações, confidências, experiências se necessárias, que ocorram em níveis não angustiantes.
A seguir, minhas colocações poderão parecer infantis, mas
constituem saídas que parecerão supérfluas, fricotes. Para não serem confundidos com um doente mental, pequenos animais poderão ser ótimas companhias. Servem para ser acariciados, para conversar, distraí-lo. Até um bichinho inanimado poderá ser seu confidente. Adote plantas. Desenvolva seu lado criativo nas artes, na mecânica, seja o faz-de-tudo em sua casa. Converse consigo mesmo, só mentalmente, para não se expor. Se mesmo as pessoas da sua convivência diária estão lhe achando estranho, o que dizer delas ouvindo-o falar sozinho? E os demais, o que pensarão?
Quando se fizer a luz, esses pequenos detalhes lhe serão muito caros. Concientize-se de suas fragilidades. Foram como flores viçosas, presentes, mas murcharam e morreram antes de você. Ficarão na sua lembrança que um dia eles lhe foram muito úteis.
Tenha em mente que é preferível às vezes dizer NÃO, quando seu coração pede para dizer SIM.

sábado, junho 09, 2012


Fugas

Pirineus de Sousa
Quando a Depressão Ataca


Nunca estaremos preparados para enfrentar o fato mais certo da vida, que é a morte. Se não a concebemos em sã consciência, nem para nós, o que diremos dos nossos entes queridos? Ninguém nunca encontrou o remédio da conformação para com ela.
Mesmo que a formação religiosa nos mostre caminhos, a tristeza pela partida não pode ser mensurável, e o medo da nossa própria, sempre estará nos rondando.
Abordei esse assunto também no capítulo auto-estima, mas no quadro depressivo a morte faz parte do todo, pela angústia, a tristeza, a solidão, as fugas; em todas, ela se faz presente. É comum neste estado, notadamente nas fases de baixa autoestima, os pensamentos recorrentes de morte. É o dormir e não acordar mais, é a vontade de preferi-la a continuar assim, é sentir-se tão sem lenitivo para viver que se torna inevitável ela ão estar rondando, independentemente da forma. Provocada ou que venha, nem que seja pela doença, ou naturalmente. Mas em situações de equilíbrio emocional, ela nos apavora, seja para os outros, ou para nós mesmos.
Para o cristianismo, a vida prossegue depois da morte. Para outros, morrer já é glorificante e mesmo para aqueles para os quais ela encerra o fim em si mesma, também, humanamente, sentem quando ela visita aos que lhes são caros. Morrer significa ausência, e ela dói. Quando você a quer para si, deixou de pensar naqueles que o rodeiam. Como ficarão? E aqueles que dependem de você? Aos demais, você parecerá egoísta, egocêntrico. Pare e olhe a natureza. Ela resignadamente, naturalmente, vive seu ciclo vital. Por que o homem irá quebrar este estado de coisas? Por que se acovardar e não viver até morrer? A sua falta, com certeza irá causar mais danos que soluções. Ou em meio a seus problemas não tem algum tempo para essa reflexão? Antes que ocorra uma fatalidade, dê-se esse espaço. Caso não consiga raciocinar consigo próprio, procure ajuda, mas não deixe a situação à deriva, policie-se. Ela, a tristeza na qual se encontra, não se compara com os danos que poderão advir por um gesto tresloucado. Analise seus méritos, dê-se o devido valor. Você apenas não está bem, passageiramente. Olhe para frente, no fim do túnel escuro, há de surgir uma nesga de luz e você descobrirá que valeu a pena esperar. Deixe o imediatismo de lado, meça as conseqüências, coloque-se no lugar de quem perdeu alguém que lhe seja caro. A recíproca é verdadeira. Já li que para suicidas em potencial, não existem meios de prevenção, e não concordo, pois a depressão constitui-se de altos e baixos, não tem um comportamento padrão. Nela existem os momentos de calmaria, necessários para que o paciente faça uma auto-análise e conclua qual será o desfecho.
Ditos populares aplicam-se perfeitamente no nosso assunto, pois fazem parte do nosso dia a dia, "Não há nada como um dia após o outro". Se amanhã não for melhor, por certo, outro lá na frente o será. Não vale a pena esperar? Dizem: que quando a situação está péssima, não tem mais como piorar. Então, as coisas só tenderão a melhorar. Devido ao seu estado emocional estar relativo, em moentos você quer morrer seja de que forma for, por outros, entra em pânico só de pensar na possibilidade. Assim, a situação se inverte, é o medo de dormir de vez; é sentir faltar-lhe a respiração, enfim constitui-se em uma angústia só. A possibilidade da morte torna-se fobia, é o paradoxo que não deve existir, pois a vida não deve ser questionada, não deve ter seu ciclo alterado. Copiemos a natureza.
As doenças oportunistas podem acometer o depressivo, devido a sua fragilidade mental e física, e o seu sistema imunológico estar também debilitado, podendo ser acometido de doenças realmente graves. Veja os hospitais e quantos neles encontram-se em busca da cura. Como já disse, devemos acompanhar a maioria, pois alguma razão há de existir para que eles a constituam. Lutar para que vivamos até o fim, observar a bravura de quem lutou. Não é mais salutar que a covardia de quem se entrega?
Pessoas abaladas em sua auto-estima podem descobrir que o banal de antes é o tormento do momento. Descobrir que está velho, acabado. Seu antigo poder de sedução não funciona mais e sexualmente está arrasado. Podem no conjunto, ou uma em especial, tornar-se, fatores para levar à depressão, com a conseqüente vontade de morrer. Se assim for, analise o porque da situação. Assuma o problema e ao invés de ficar se lastimando, remoendo-o, lembre-se dos avanços da medicina de hoje. Você poderá estar sofrendo por algo que a modernidade já tem condição de resolver. A sua poderá estar numa simples pílula. Sua vida não vale muito mais?
Pela morbidez do assunto, você preferiria deixá-lo de lado, o que não pode fazer, porque em algum momento, o depressivo pensará nele. Afinal, os seus tormentos, mesmo que imperceptíveis para os outros, são reais, tanto como a morte e a vida os são. Opte pela última e não se arrependerá. Sei ser o tópico abordado sério e mórbido, mas se acontecer, é melhor você admitir que a sua história poderá ser abreviada com a morte e deixará de ter os acréscimos que a vida poderá ainda lhe oferecer se você viver. E que ela poderá ser longa e com um final feliz. Feliz, porque seguiu o curso natural, e como costumeiramente faz, deixe que o inevitável chegue de surpresa, sem sustos, sem sobressaltos.
Pense na grandeza e compare: um grão que não vingue, já terá cumprido a sua missão. Imagine você, um ser tão complexo, tão superior.
Vamos e voltamos, as situações são diversas, a fragilidade do "eu" nos obriga a isso. O depressivo pode radicalizar e a morte é preferível. A forma mais antinatural, o oposto da lei da sobrevivência, a fuga dos problemas que nos afligem. Isto porque eles se tornam maiores do que nós mesmos, maiores que a nossa capacidade de resolvê-los. É preciso chegar o momento de compreendermos, que o nosso morrer começa com o nosso nascimento, e isso já é natural, porque apressar? Não é preferível vivermos mais devagar, do que morrer muito? Isso serve tanto na acepção das palavras, quanto para os nossos sentimentos com relação às nossas correrias, as nossas carências, ao apego a coisas que superestimamos e que quanto mais vivermos, mais morreremos. Compare a morte a um carro: ele tem diversas marchas à frente, mas a ré é uma só. É a lógica da vida, com muitos caminhos a nossa frente, maiores possibilidades. Por maior que seja o problema, sempre haveremos de encontrar uma solução; para a morte não. Ela é definitiva. Devemos enfrentar os desafios e em último caso, é preferível agir como disse uma socialite, "Sou um sucesso porque nunca me levei a sério."
No trem dos vivos, que vivem, procure não contabilizar somente os problemas. Atenha-se também às alegrias, pois a sua balança precisa desse equilíbrio.
Dependendo da rigidez da formação de cada um, os problemas são barreiras mais ou menos flexíveis. É muito mais honroso enfrentar qualquer que seja a barra, seja ela qual for e as maneiras de resolvê-la, que submeter-se à covardia de sair pelo auto-extermínio. Como sair pelo alcoolismo. É válido? Claro que não. Mas no alcoolismo você poderá safar-se, existe como já disse até pílula. É também uma doença grave, inconseqüente, imprevisível e que poderá agravar ainda mais o seu quadro depressivo. Apesar de tudo, dele você pode sair, existem diversas formas e ainda terá a chance de manter-se vivo. Mas, se você morrer, irá ressuscitar? São paradoxos que nenhum tiro no ouvido, resolverá satisfatoriamente.
Os casos extremados que apresento, visam tão somente estabelecer parâmetros entre o seu estado e o de outras pessoas que estejam vivenciando situações piores ou iguais às suas, e daquelas que aparentemente, ou verdadeiramente estão de bem com a vida.
A sua depressão veio para acompanhar uma doença incurável. O seu sofrimento é terrível, nada mais resta a não ser a morte. Quantos estados assim não presenciamos? Você não acredita em milagres, prefere a eutanásia. Você poderá deixar um exemplo de coragem se em vez de adotar esses caminhos, enfrentar a doença até o seu momento final, com muita dignidade e coragem. Outros poderão seguir o seu exemplo e mesmo que o milagre não lhe tenha sido concedido, você terá marcado pontos. O mundo terá ficado menos triste com a sua partida. Afinal você teve a coragem de lutar.
Para escapar da dura realidade, a maneira mais fácil de acabar com problemas, sofrimentos, angústias, dores, fobias, manias, pânicos é procurar alternativas, pois já não acreditamos nos médicos. Os tóxicos são um deles, e pode com probabilidade de até 100% torná-lo um dependente químico. Mas, aí incluo outros, tais como: o alcoolismo, o tabagismo, a automedicação, diminuindo ou aumentando a sua dosagem. Não serão com esses recursos que o depressivo encontrará a solução. Muito pelo contrário, ao adotá-lo estará se aprofundando, mais e cada vez mais, na dependência e ás conseqüências que certamente advirão. Todos proporcionam momentos fugazes de euforia, e alegria . E a vida não é tão breve assim. Lá fora ela continua, e você terá que voltar. As seqüelas que provocam valem à pena?
Claro que não. E ainda complicarão o seu processo de recuperação, em muitos casos, se ainda for possível. Pode ser uma ida sem volta, ou um retorno ainda mais penoso.
Como a doença não escolhe idade, há que se observar os mais jovens. Se você se julga incapaz de enfrentar a situação, procure ajuda. Leia a respeito, procure conhecer um submundo que lhe possa ser desconhecido mas que terá, obrigatoriamente, de lhe ser desvendado, para o bem do viciado e de toda a família. O normal é que todos enxerguemos o vício como algo fora do nosso meio, impossível de acontecer. Mas, tudo é possível, mesmo para quem não esteja acometido de depressão.
Ocorre em pessoas que inicialmente estão sadias, felizes e por esses canais se tornam tristes, ou ocorrer o contrário, tentar sair da tristeza através deles. A compreensão familiar, a colaboração do paciente, são fatores preponderantes para condução à cura. Se você não é capaz, recorra às associações especializadas, mas o importante é não cruzar os braços. Ao primeiro sintoma, real ou pressuposto, todos os meios de combates serão válidos, antes que a dependência tome conta da pessoa.
A pena, a compaixão pelo paciente, não podem contribuir para alimentar os vícios adquiridos antes, durante ou na continuidade da depressão. O problema já é grande por si só, agora imagine-o acompanhado. São muitas perguntas para uma só resposta. O mal não pode ser alimentado; tem que ser cortado, nem que seja a duras penas. O que adiantará a tentativa da procura de novos caminhos para uma pessoa viciada? Será o fracasso na certa, pois o cérebro, o físico, não correspondem.
Sob os aspectos das fugas até agora abordados, não posso deixar de citar as pessoas que tentam se matar para chamar a atenção para si. Afinal, ela não é mais o epicentro das atenções e agora quer readquiri-la a qualquer preço. Sob seu ponto de vista é uma fracassada, ninguém se interessa por ela, é uma pessoa inútil, só causa problemas, até nas pequenas coisas, para que viver? Só, em meio a essa turbulência, sem apoio dos que rodeiam, o que se pode esperar? Em si só, é uma bomba em potencial. Sua mente não digere os aconselhamentos de acordo com o esperado e sem eles, tudo tende a piorar. Pessoas nesse nível de depressão, são opacos, onde nada é realmente nada. A ajuda leiga, as associações, os psicoterapeutas, têm que ser acionados nesse ponto de discintonia. O paciente por si só não terá condições de se auto-analisar e discernir, se fica ou se vai esta para outra. Nesse estado ele deve ser observado, mas não sentir-se vigiado, o que será pior. Deve ser aconselhado, alertado de que tudo há de voltar ao normal e que a esperança é a última que morre. O depressivo, o viciado, deve se sentir útil para a família e caso venha a faltar, será pior para os que ficam.
Mesmo doente, ainda lhe resta a esperança de ser feliz. Também deve sentir-se responsável pelo seu bem-estar e que a sua existência não diz respeito só a ela mesma. Afinal, ela deve satisfação para as outras. Deve valorizar a vivência da vida, deixando de procurar os caminhos das fugas e da morte, pois ela se constitui no clube mais aberto do mundo. Se até os animais irracionais têm o sentido da autopreservação, porque o ser humano, racional, não vai tê-lo? Essa chamada à realidade é imprescindível para o depressivo. Não cabe a ele alterar o curso normal da existência, ela tem que se deslanchar e acabar como foi concebida, naturalmente. Não podemos utilizar meios e fins não condizentes ao que a natureza nos premiou. Por mais caótica que seja a situação, caminhos hão de existir, sem vícios, sem a desvalorização do que é mais caro à natureza, a vida.
Mais uma vez, lembro que o fato mais certo dela é a morte. Não há a necessidade de apressá-la. No momento certo ela chegará. Se mesmo para aqueles que se agarram à vida com obsessão ela visita, agora imagine a quem passe a procurá-la? O inevitável pode acontecer e sem condição de retorno, valeu tentar? O resultado, seja qual for, não será bom, muito pelo contrário . Preste atenção à sua volta. Uma razão há de existir, ou muitas, para que os outros se sintam felizes e não é privilégio de uns poucos. Por que você também não pode sê-lo? Ao procurar, você há de se alegrar com detalhes ínfimos, pois a felicidade está dentro de você. Ao procurar, não o estará fazendo em vão.
Mentalize que VALE A PENA VIVER, ainda que possa parecer um chavão. O valer a pena, pode não parecer possível nesse período cinzento pelo qual está passando, mas depois você irá ver e sentir que sim, valeu muito.
Marcas indeléveis poderão tê-lo marcado, mas serão como cicatrizes de guerra. E mesmo que não sejam perceptíveis, ostente-as com orgulho, pois você as tem com o devido parabéns pelas batalhas que enfrentou e venceu. Você se superou, foi mais forte do que a sua passageira companheira de tristeza, e quem sabe, não estará mais feliz que antes.
Para os iniciados no espiritualismo, ou não, muitas respostas poderão ser encontradas nos livros: Memórias de Um Suicida de Ivone Pereira e Depois da Morte de León Denis.
Leia-os: compare-os com a sua situação e verá que não foi um tempo perdido. Terá um melhor entendimento sobre o assunto.

segunda-feira, maio 14, 2012

   PÂNICO

Pirineus de Sousa
“Quando a Depressão Ataca”


PÂNICO


Existem conceituações sob o ponto de vista da psicopatologia que enfocam a afetividade (capacidade de experimentar sentimentos e emoções) expressa através de: medo, fobia e pânico, entre outras.
Devido à sutileza das diferenças, recorremos ao resumo da aula do Prof. Luiz Ládgero Pires*, para caracterizá-las.
"Medo: Quando há um sentimento de ocorrer, grave ou desagradavelmente, uma situação ou um acontecimento que, reconhecidamente, poderá trazer definidos riscos e/ou consequências como, por exemplo, se o elevador se mostra em péssima manutenção, e o mesmo poderá cair.
Fobia: Quando há manifestação de um receio específico, que sugere em uma situação específica, sendo que a pessoa não tem a clareza ou definição dos riscos e/ou consequências ameaçadoras que poderão ocorrer, tendo este receio características individuais e simbólicas. ...Sentido-se ameaçadas por determinados seres vivos, objetos ou situações como, por exemplo... "medo" de barata, de rato...
Pânico: Quando há manifestação de ansiedade de que algo, não definido e ameaçador, possa estar prestes a ocorrer, sem estar aparentemente associado a uma situação definida, percebida ou vivida".
O pânico pode ocorrer advindo de pequenos fatos, os mai inesperados. É a insegurança em lidar com situações que normalmente eram encaradas com naturalidade e que passam a ser terríveis no estado depressivo. Pode ser a fila do banco, do ônibus, do médico...
Os encontros com pessoas que lhes são desagradáveis, doenças, dívidas pendentes com o cobrador na porta, afinal os negócios antes tão bem sob controle, de uma hora para outra desandaram. Sua confusão mental fez com que se descuidasse dos seus compromissos. Enfrentar platéias era seu forte, onde mostrava seu autodomínio. Ir trabalhar tudo agora pode se tornar uma tortura.
Você já não cuida tão bem da sua aparência como antes. Os pequenos detalhes foram relegados a um segundo plano e a falta deles lhe faz inseguro perante aqueles que aparentemente os levava em conta, fazendo sentir-se diminuído.
Não deixe que a sua canoa aparentemente avariada se afunde. Não conte que os outros irão fazer por você, coisas que eles pensam que você é capaz de executar. Aqui a afirmativa "quem quer faz, não manda" é verdadeira. Nem sempre a delegação de tarefas corresponde ao esperado, detalhes poderão ser omitidos, o que talvez não acontecesse se você mesmo tivesse executado, mesmo na sua situação. É só manter o quanto possível seu autocontrole. Por isso é importante se superar, procurar na medida do possível estar apto a executar, ou procurar continuar a administrar sua própria vida. Não espere que os outros estejam sempre prontos ou dispostos a servi-lo a contento. Todos têm seus próprios campos de gravitação; têm seus "eus", seus compromissos e como você, também têm seus próprios problemas.
Pela nossa insegurança nem sempre poderemos ser autosuficientes e estar em condição de executar tarefas que poderão se tornar perigosas para nós e para os outros. Seu
terapeuta deve ser consultado para ajudar a delimitar o seu campo de ação. O importante é ter consciência dos seus imites e não se atemorizar em enfrentar situações que lhe pareçam difíceis, como por exemplo, dirigir um veículo. Se sente capaz, pode ser aparente. E os efeitos colaterais dos remédios? Seus reflexos como estarão?
Reconheço, é controvertido – faça, não faça, isso é conseqüência do pânico e poderemos não estar em condições de executar as coisas mais simples, quem dirá as mais complexas?
Como administrar nossa própria vida, se o simples ato de caminhar por uma rua nos parece uma atitude impossível?
Aquilo normal para os outros nos parece uma tarefa hercúlea, mas navegar é preciso, senão você submerge e você não é um submarino.
É o "medo" de dormir, é "medo" de não fazer, é o "medo"
dos pesadelos, é o "medo" de não acordar mais o que se constitui numa verdadeira paranóia.
Não lhe sendo possível, embrome construtivamente o seu tempo. Para que existem os filmes que lhes são agradáveis? E a leitura? Ficar de olhos abertos no escuro não tem a menor graça.
E como custa a passar... Se a situação é essa, você ainda não deve ter sido medicado e se continua mesmo assim, peça ao seu médico para trocar de remédio. Como está é que não pode ficar.
Não importa o seu fuso horário, mas para permanecermos bem, temos que cumprir a nossa carga horária de sono, seja ela qual for.
Na impossibilidade passageira de pegar no sono e se não quer ficar rolando na cama, procure, por exemplo, passar para o papel os prós e os contras do seu dia. Guarde-os por algumas horas e leia-os. Alguma coisa há de ter mudado, pois nada é estático e algo de ridículo você poderá encontrar. Essa autocrítica é salutar em sua auto-avaliação. Se você mesmo é capaz de detectar suas falhas, imagine os demais. Tudo é válido para você aquilatar o seu grau de depressão e sair dela. Procure não se maltratar, não se despedaçar, se poupe. Readquira aos poucos a sua autoconfiança, sua autodisciplina, só assim você poderá ser o que aparenta, uma mente equilibrada em um corpo que aos demais parece são.
Aprenda a ficar só, mesmo que você tenha sido o rei da comunicação, apenas não vegete, não faça com que os demais se sintam na obrigação de fazer-lhe companhia. Enxergando por esse prisma, tome as devidas precauções para acostumar-se só, sem pânicos. Preencha o vazio desse silêncio na procura do seu auto-conhecimento, replaneje o seu existir, sem medo de ser feliz.
Procure, mesmo que fragilizado, não demonstrar seu estado, para que outros não se sintam encorajados a prejudicá-lo. Isso é mais comum do que prevê a vã filosofia. Existem os oportunistas. Com a mente em dia, você sabia se defender.
Agora se sente inseguro e pode ser pisoteado por pessoas inescrupulosas. Em vez de reagir, se deixa dominar, passando a generalizar, temendo a todos. É errado, mas você não sabe reagir, você tem dó de si mesmo. Afinal a doença tornou a situação caótica e tirou-lhe o senso de autodefesa, a capacidade de raciocínio lógico à altura dos seus opressores.
Em qualquer hipótese, não se deixe intimidar. Escape das armadilhas, nem que você dê tudo que possa para ir em frente, como já disse, nem que seja para os lados (repito). Mantenha-se livre das amarras e já será meio caminho andado para a volta da sua autoconfiança. Para isso, use de todos os meios que possa dispor (palavras, ações, advogados, aconselhamentos, influências, até a polícia se necessário), para se preservar nessa fase tão desagradável. Se você já sofre por natureza, para que aumentar ainda mais essa carga que pessoas inescrupulosas querem lhe infligir, empurrando-o ainda mais para o fundo do poço?
As olheiras nem sempre estão presentes no rosto do depressivo para anunciar a sua tristeza. Nada exteriormente denuncia que sua alma está doente a tal ponto, que comparo ao banzo que os escravos sofriam ao lembrarem-se de como eram felizes nos seus torrões natais. Sua aparência se apresenta normal, então o que você tem que os outros não vêem, não pressentem? Para não poucos, você está fingindo. E isso é triste. Afinal, que curso de arte dramática você freqüentou para enganar tão bem? Você virou ator da sua própria tragédia. Pode ter certeza que a maioria não  compartilha, nem entende você, e muito menos disporá de tempo para "perder" com o seu caso. Portanto, muna-se de coragem, use de todos os artifícios, meios e fins para deixar a depressão para traz. Procure de ela esquecer; seja vítima consciente e no mínimo de tempo possível, pois ela deixa vestígios difíceis de apagar e, quanto menos tempo você ficar namorando ela, melhor.
Não é de bom tom ser mal-educados, mas use da mesma ênfase do seu interlocutor. Nada de se abaixar é como se diz: quanto mais abaixarmos, mais a... aparece. Não se deixe diminuir, se subjugar. Seu detrator poderá dominá-lo, ameaçá-lo realmente, e não será fruto da sua fantasia.
Procure, pois, manter os seus relacionamentos de forma a não perder o controle da situação.

*Resumo de aula baseado em:
- CID-IO-WHO – Artes Médicas
- Honório Delgado – Curso de Psiquiatria – Editorial Médico- Científico
- Isaias