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segunda-feira, maio 14, 2012

   PÂNICO

Pirineus de Sousa
“Quando a Depressão Ataca”


PÂNICO


Existem conceituações sob o ponto de vista da psicopatologia que enfocam a afetividade (capacidade de experimentar sentimentos e emoções) expressa através de: medo, fobia e pânico, entre outras.
Devido à sutileza das diferenças, recorremos ao resumo da aula do Prof. Luiz Ládgero Pires*, para caracterizá-las.
"Medo: Quando há um sentimento de ocorrer, grave ou desagradavelmente, uma situação ou um acontecimento que, reconhecidamente, poderá trazer definidos riscos e/ou consequências como, por exemplo, se o elevador se mostra em péssima manutenção, e o mesmo poderá cair.
Fobia: Quando há manifestação de um receio específico, que sugere em uma situação específica, sendo que a pessoa não tem a clareza ou definição dos riscos e/ou consequências ameaçadoras que poderão ocorrer, tendo este receio características individuais e simbólicas. ...Sentido-se ameaçadas por determinados seres vivos, objetos ou situações como, por exemplo... "medo" de barata, de rato...
Pânico: Quando há manifestação de ansiedade de que algo, não definido e ameaçador, possa estar prestes a ocorrer, sem estar aparentemente associado a uma situação definida, percebida ou vivida".
O pânico pode ocorrer advindo de pequenos fatos, os mai inesperados. É a insegurança em lidar com situações que normalmente eram encaradas com naturalidade e que passam a ser terríveis no estado depressivo. Pode ser a fila do banco, do ônibus, do médico...
Os encontros com pessoas que lhes são desagradáveis, doenças, dívidas pendentes com o cobrador na porta, afinal os negócios antes tão bem sob controle, de uma hora para outra desandaram. Sua confusão mental fez com que se descuidasse dos seus compromissos. Enfrentar platéias era seu forte, onde mostrava seu autodomínio. Ir trabalhar tudo agora pode se tornar uma tortura.
Você já não cuida tão bem da sua aparência como antes. Os pequenos detalhes foram relegados a um segundo plano e a falta deles lhe faz inseguro perante aqueles que aparentemente os levava em conta, fazendo sentir-se diminuído.
Não deixe que a sua canoa aparentemente avariada se afunde. Não conte que os outros irão fazer por você, coisas que eles pensam que você é capaz de executar. Aqui a afirmativa "quem quer faz, não manda" é verdadeira. Nem sempre a delegação de tarefas corresponde ao esperado, detalhes poderão ser omitidos, o que talvez não acontecesse se você mesmo tivesse executado, mesmo na sua situação. É só manter o quanto possível seu autocontrole. Por isso é importante se superar, procurar na medida do possível estar apto a executar, ou procurar continuar a administrar sua própria vida. Não espere que os outros estejam sempre prontos ou dispostos a servi-lo a contento. Todos têm seus próprios campos de gravitação; têm seus "eus", seus compromissos e como você, também têm seus próprios problemas.
Pela nossa insegurança nem sempre poderemos ser autosuficientes e estar em condição de executar tarefas que poderão se tornar perigosas para nós e para os outros. Seu
terapeuta deve ser consultado para ajudar a delimitar o seu campo de ação. O importante é ter consciência dos seus imites e não se atemorizar em enfrentar situações que lhe pareçam difíceis, como por exemplo, dirigir um veículo. Se sente capaz, pode ser aparente. E os efeitos colaterais dos remédios? Seus reflexos como estarão?
Reconheço, é controvertido – faça, não faça, isso é conseqüência do pânico e poderemos não estar em condições de executar as coisas mais simples, quem dirá as mais complexas?
Como administrar nossa própria vida, se o simples ato de caminhar por uma rua nos parece uma atitude impossível?
Aquilo normal para os outros nos parece uma tarefa hercúlea, mas navegar é preciso, senão você submerge e você não é um submarino.
É o "medo" de dormir, é "medo" de não fazer, é o "medo"
dos pesadelos, é o "medo" de não acordar mais o que se constitui numa verdadeira paranóia.
Não lhe sendo possível, embrome construtivamente o seu tempo. Para que existem os filmes que lhes são agradáveis? E a leitura? Ficar de olhos abertos no escuro não tem a menor graça.
E como custa a passar... Se a situação é essa, você ainda não deve ter sido medicado e se continua mesmo assim, peça ao seu médico para trocar de remédio. Como está é que não pode ficar.
Não importa o seu fuso horário, mas para permanecermos bem, temos que cumprir a nossa carga horária de sono, seja ela qual for.
Na impossibilidade passageira de pegar no sono e se não quer ficar rolando na cama, procure, por exemplo, passar para o papel os prós e os contras do seu dia. Guarde-os por algumas horas e leia-os. Alguma coisa há de ter mudado, pois nada é estático e algo de ridículo você poderá encontrar. Essa autocrítica é salutar em sua auto-avaliação. Se você mesmo é capaz de detectar suas falhas, imagine os demais. Tudo é válido para você aquilatar o seu grau de depressão e sair dela. Procure não se maltratar, não se despedaçar, se poupe. Readquira aos poucos a sua autoconfiança, sua autodisciplina, só assim você poderá ser o que aparenta, uma mente equilibrada em um corpo que aos demais parece são.
Aprenda a ficar só, mesmo que você tenha sido o rei da comunicação, apenas não vegete, não faça com que os demais se sintam na obrigação de fazer-lhe companhia. Enxergando por esse prisma, tome as devidas precauções para acostumar-se só, sem pânicos. Preencha o vazio desse silêncio na procura do seu auto-conhecimento, replaneje o seu existir, sem medo de ser feliz.
Procure, mesmo que fragilizado, não demonstrar seu estado, para que outros não se sintam encorajados a prejudicá-lo. Isso é mais comum do que prevê a vã filosofia. Existem os oportunistas. Com a mente em dia, você sabia se defender.
Agora se sente inseguro e pode ser pisoteado por pessoas inescrupulosas. Em vez de reagir, se deixa dominar, passando a generalizar, temendo a todos. É errado, mas você não sabe reagir, você tem dó de si mesmo. Afinal a doença tornou a situação caótica e tirou-lhe o senso de autodefesa, a capacidade de raciocínio lógico à altura dos seus opressores.
Em qualquer hipótese, não se deixe intimidar. Escape das armadilhas, nem que você dê tudo que possa para ir em frente, como já disse, nem que seja para os lados (repito). Mantenha-se livre das amarras e já será meio caminho andado para a volta da sua autoconfiança. Para isso, use de todos os meios que possa dispor (palavras, ações, advogados, aconselhamentos, influências, até a polícia se necessário), para se preservar nessa fase tão desagradável. Se você já sofre por natureza, para que aumentar ainda mais essa carga que pessoas inescrupulosas querem lhe infligir, empurrando-o ainda mais para o fundo do poço?
As olheiras nem sempre estão presentes no rosto do depressivo para anunciar a sua tristeza. Nada exteriormente denuncia que sua alma está doente a tal ponto, que comparo ao banzo que os escravos sofriam ao lembrarem-se de como eram felizes nos seus torrões natais. Sua aparência se apresenta normal, então o que você tem que os outros não vêem, não pressentem? Para não poucos, você está fingindo. E isso é triste. Afinal, que curso de arte dramática você freqüentou para enganar tão bem? Você virou ator da sua própria tragédia. Pode ter certeza que a maioria não  compartilha, nem entende você, e muito menos disporá de tempo para "perder" com o seu caso. Portanto, muna-se de coragem, use de todos os artifícios, meios e fins para deixar a depressão para traz. Procure de ela esquecer; seja vítima consciente e no mínimo de tempo possível, pois ela deixa vestígios difíceis de apagar e, quanto menos tempo você ficar namorando ela, melhor.
Não é de bom tom ser mal-educados, mas use da mesma ênfase do seu interlocutor. Nada de se abaixar é como se diz: quanto mais abaixarmos, mais a... aparece. Não se deixe diminuir, se subjugar. Seu detrator poderá dominá-lo, ameaçá-lo realmente, e não será fruto da sua fantasia.
Procure, pois, manter os seus relacionamentos de forma a não perder o controle da situação.

*Resumo de aula baseado em:
- CID-IO-WHO – Artes Médicas
- Honório Delgado – Curso de Psiquiatria – Editorial Médico- Científico
- Isaias

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