Técnicas de Psicoterapia Holística,
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domingo, setembro 23, 2012


Procurando a Cura

Pirineus de Souza
"Quando a Depressão ataca"

A procura da cura, das saídas, a luz no fim do túnel, exigem uma longa caminhada e certamente nunca fácil.
Em primeiro lugar, o depressivo tem que se conscientizar do amor por si mesmo. Em segundo, sair da mesmice que qualquer especialista médico é o indicado para o seu caso. No máximo poderão encaminhá-lo para os psicoterapeutas capazes de mostrar o que fazer.
Pessoas do relacionamento do depressivo hão de notar que o ambiente ao seu redor está comprometido. E se não puderem, pessoalmente, tomar alguma atitude, que peçam ajuda. O importante é deter a bola de neve que está se formando. O paciente tem que acreditar ser ele um tesouro no universo. Sentir-se amado; amparado. Atentar que as oportunidades existem para todos e vale o lembrete: se a vida lhe deu um limão, faça dele um limonada. É necessário dar sentido para sua existência. É preciso, caso a pessoa não seja capaz, mostrar-lhe esse caminho. É necessário compreender que não devemos somar nossos problemas, fazendo de todos um só pacote e sim resolvê-los, um de cada vez. Ao nos defrontarmos com um deles, nos coloquemos a sua altura, em pé de igualdade.
Por maior que ele seja, devemos imaginar estarmos subindo uma escada, degrau por degrau e olhando-o de cima, ele irá ir ficando pequeno, até ficar do tamanho devido. Ao problema que aparecer em meio a outros e que você não tenha a solução de imediato, hoje ou daqui a um mês, eu pergunto, vale a pena se desesperar? Vale a pena não dormir? Ficar irritado?
Nessas ocasiões, o autocontrole é de muita valia, no sentido de organizar cada compartimento da sua mente e estar contribuindo para a volta do seu perfeito equilíbrio.
Seguir a orientação dos psicoterapeutas é primordial e sua colaboração mais ainda, inclusive observando as suas reações durante o tratamento. Isso poderá acarretar mudanças na medicação, nos métodos terapêuticos, o acréscimo ou diminuição de remédios e sessões. Devo lembrar que o doutor é o médico, ele estudou para isso e a você só resta colaborar. Não devemos pular de galho em galho, trocando de especialistas.
Pode não ser bom, pois eles abordarão um caso já em andamento e terão que pesquisá-lo desde o início. Mas nada o impede de analisar os resultados que esteja alcançando. Se notar que outros profissionais sejam mais indicados, mude. Afinal, você se ama e sabe o que é melhor para si próprio.
Não dê ouvidos a quem o criticar pelo uso de remédios. Eles existem para proporcionar bem-estar e não serão os "outros" a impedi-lo de fazer uso deles. Na hora certa seu médico poderá ministrar-lhe apenas doses de manutenção, ou mesmo se poderá deixar de tomá-los, marcar consultas de rotina.
A essa altura, você já terá entendido o quanto valeu a pena passar por cima dos preconceitos e ter uma qualidade de vida melhor.
Em suma, a doença é sua e cabe a você assumi-la. É uma bandeira que outra pessoa não poderá carregar. No máximo, ela poderá compartilhar com você dessa sua viagem.
Como o terapeuta é peça chave nos distúrbios de comportamento, o leigo pode ser levado a pensar que ele só cuida das "neuras" da vida. E que seu quadro de tristeza, independente da fase de duração e intensidade, não seja da competência desse especialista. As metodologias de tratamento podem até se confundir, mas no seu caso, o motivo é a desorganização dos neurotransmissores cerebrais e se não tratados convenientemente, seqüelas poderão dar origem a outros distúrbios de probabilidades catastróficas - iguais ou maiores que uma depressão.
A reordenação dos seus neurônios exigem a assistência médica e terapêutica especializadas. Você poderá estranhar a aparente frieza desses profissionais, aptos a cuidarem de você, sem envolvimentos emocionais. Seja qual for o caminho escolhido para se ajudar, fique atento para embarcar na primeira oportunidade para o caminho da vida normal.

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