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domingo, janeiro 19, 2014

Guia para Compreender os Esquemas
Baseado em: Leahy, R. L. (2006). Técnicas de Terapia Cognitiva: Manual do Terapeuta. Porto Alegre: Artmed
Descobrimos que as pessoas diferem naquilo que as deixa deprimidas, ansiosas ou com raiva. Referimo-nos a essas diferenças como esquemas. Esquemas são as maneiras habituais por meio das qual você vê as coisas. Por exemplo, a depressão caracteriza-se por esquemas relacionados à perda, privação e fracasso; ansiedade é caracterizada por esquemas relacionados à ameaça ou medo de fracasso; e a raiva caracteriza-se por esquemas relacionados a insulto, humilhação ou violação de regras. Pesquisas sobre personalidade indicam que as pessoas diferem nos temas subjacentes à depressão, ansiedade ou raiva.
Cada um de nós vê as próprias experiências em termos de certos padrões habituais de pensamento. Uma pessoa pode focar muito as questões envolvendo realização, outra as questões em torno da rejeição e outra ainda as questões ligadas ao medo de ser abandonada. Digamos que seu esquema — sua questão ou vulnerabilidade em particular — esteja relacionado com realização. As coisas podem estar indo bem você no trabalho, mas então você tem um contratempo que ativa seu esquema sobre realização — a necessidade de ser muito bem-sucedido de modo que não se veja como fracasso. O contratempo no trabalho levar ao esquema de fracasso (ou estar ”na média”, o que equivale a fracasso), e então você fica ansioso ou deprimido.
Ou digamos que seu esquema esteja relacionado a questões de abandono. Você pode estar muito vulnerável a quaisquer sinais de rejeição ou abandono. Enquanto o relacionamento for bem, você não fica preocupado. Mas, devido a esse esquema, você pode preocupar-se com o abandono ou a rejeição. Se o relacionamento acaba, isto o leva a sentir-se deprimido porque não suporta ficar sozinho.
 
Como Compensamos Nossos Esquemas
Se você tem um esquema sobre uma questão específica, pode tentar compensar essa vulnerabilidade. Por exemplo, se você tem um esquema de fracasso ou indicando que estar na média seja ruim, você trabalhar excessivamente — neste caso, você está tentando compensar a percepção de que pode acabar sendo inferior ou não ter um desempenho à altura de seus padrões de perfeição. Você pode compensar checando seu trabalho repetida vezes. Como conseqüência, as pessoas podem vê-lo como muito absorvido no trabalho. Você pode encontrar dificuldades em relaxar, pois se preocupa por não estar trabalhando o suficiente, que algo deixou de ser feito, ou que está perdendo sua motivação.
Se seu esquema é de abandono, você pode compensá-lo dedicando todo o tempo a seu parceiro ou parceira. Você pode temer ser assertivo, pois teme ser abandonado. Ou você pode constantemente buscar um reasseguramento  junto a seu parceiro de forma a sentir-se seguro, mas isto não dura muito tempo. Você continua vendo sinais indicando que seu parceiro irá embora. Outra forma de compensar o esquema de abandono constituir relações com pessoas que não satisfazem suas necessidades, mas com quem deseja estar ligado porque não quer ficar sozinho. Ou permanece em relacionamentos muito além do ponto que parece razoável, pois pensa que não vai suportar ficar sozinho.
Como você pode ver, tentar compensar os esquemas subjacentes pode criar problemas adicionais. A ”compensação” pode levá-lo a sacrificar suas necessidades, trabalhar compulsivamente, buscar relacionamentos desvantajosos, preocupação, exigência de segurança e outros comportamentos problemáticos. E o fato mais importante sobre essas compensações é que você nunca realmente aborda seu esquema subjacente. Por exemplo, você pode nem mesmo questionar sua crença de que tem de ser especial, superior, evitar ficar na média, evitar ficar sozinho, etc. Portanto, você nunca realmente modifica o esquema. Ele continua lá — pronto para ser ativado por certos acontecimentos. É sua vulnerabilidade contínua.
 
Como Evitamos Enfrentar os Esquemas
Outro processo que cria problemas é a “esquiva do esquema”. Isto significa que você tenta evitar enfrentar quaisquer questões que toquem seu esquema. Digamos que você tenha um esquema de fracasso; sua idéia é de que, no fundo, você deve ser realmente incompetente. Uma maneira pela qual você pode evitar testar esse esquema é nunca encarar tarefas desafiadoras ou abandonar as tarefas rapidamente. Ou, digamos que você tenha um esquema que lhe indique não ser digno de amor ou não ser atraente. Como você evita enfrentar o esquema? Você pode evitar contatos com as pessoas que pensa que não irão aceitá-lo. Você pode evitar namorar, pode evitar telefonar aos amigos, pois assume de antemão que as pessoas acham que você não tem nada a oferecer. Ou, digamos que você tenha medo de ser abandonado. Você poderia evitar esse esquema não permitindo aproximar-se de ninguém, ou poderia romper com a outra pessoa precocemente para não ser rejeitado mais tarde.
Outra forma pela qual as pessoas evitam os esquemas — quaisquer que sejam eles — é por intermédio de fuga emocional com uso de substâncias ou comportamentos extremos, como beber muito, usar drogas para aliviar sentimentos, comer compulsivamente ou mesmo atuar sexualmente. Você pode sentir que lidar com os sentimentos é tão doloroso que precisa evitá-los ou fugir deles com esses comportamentos que viciam. Tais comportamentos “escondem” de você seus medos subjacentes, pelo menos enquanto se alimenta compulsivamente, bebe muito ou usa drogas. É claro, os sentimentos ruins voltam novamente, pois você não está realmente examinando e contestando os esquemas subjacentes. E, ironicamente, esses comportamentos que viciam se inserem nos esquemas negativos, fazendo-o sentir-se ainda pior em relação a si mesmo.
De Onde vêm os Esquemas?
Aprendemos esses esquemas negativos com nossos pais, irmãos, colegas e parceiros. Os pais podem contribuir com os esquemas negativos ao fazê-lo sentir que não é bom o suficiente a menos que seja superior a todos, dizendo a você que é muito gordo ou que não é atraente, comparando-o com outras crianças que estão “se saindo melhor”, dizendo que você é egoísta porque tem necessidades, ou se intrometendo em sua vida e dando ordens, ou ameaçando se matarem ou abandoná-lo. Existem muitas maneiras diferentes pelas quais os pais ensinam às crianças esses esquemas negativos sobre si próprias e sobre os outros.
Por exemplo, pense nas seguintes experiências reais que algumas pessoas recordaram sobre como seus pais lhes “ensinaram” os esquemas negativos:
1. “Você poderia sair-se melhor - por que tirou aquele B?”: esquema envolvendo a necessidade de ser perfeito ou evitar inferioridade.
2. “Suas coxas são muito gordas e seu nariz é feio”: esquema de obesidade e feiúra.
3. “Seu primo foi para Harvard - por que você não pode ser mais parecido com ele?”: esquema de inferioridade e incompetência.
4. “Por que vocês estão sempre reclamando? Vocês não percebem que tenho problemas ao cuidar de vocês, crianças?”: esquema de exclusivismo das necessidades.
5. “Talvez eu devesse simplesmente ir embora e deixar vocês crianças cuidarem de si mesmas”: esquema de sobrecarga e abandono.
Conforme indicamos, outras pessoas que não nossos pais podem ser fontes de esquemas. Talvez seu irmão ou irmã o tenham maltratado levando-o a formar esquemas de abuso, não-merecimento de amor, rejeição ou controle. Ou talvez seu parceiro ou parceira tenha lhe dito que você não é bom ou boa o suficiente, levando a esquemas de não ser atraente, não ter valor e não ser digno de amor. Nós até internalizamos esquemas a partir da cultura popular, como imagens de ser esbelta e bonita, ter corpo perfeito, de “como homens de verdade deveriam ser”, sexo perfeito, rios de dinheiro e enorme sucesso. Essas imagens irreais reforçam esquemas de perfeição, superioridade, inadequação e imperfeição.
Como a Terapia Poderá Ajudar?
A Terapia Cognitiva pode ajudá-lo de várias maneiras importantes:
• Aprendendo quais são seus esquemas específicos.
• Aprendendo como você compensa e evita os esquemas.
• Aprendendo como os esquemas são mantidos ou reforçados pelas escolhas que você fez ou as experiências que teve.
• Examinando como seus esquemas foram aprendidos.
• Contestando e modificando os esquemas negativos.
• Desenvolvendo novos esquemas, mais adaptados e mais positivos
 
Arthur Gumarães - Psicoterapeuta Holístico - CRTH-BR 0899 - ABRATH
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