Porque Existe Algo em Lugar de Nada
Pirineus de
Souza
“Quando a
Depressão Ataca”
Até o presente momento não abordei as saídas pelos seus
lados místicos. Não procurei tocar em suas crenças. Ser ateu, agnóstico é mais
prático. Não temos que pensar no depois; fica ncrivelmente mais fácil não
sentiremos culpa.
Aqui é o começo e o fim; ponto final. Se assim pensa, é tudo
uma questão de princípios, que todos devem respeitar. É a lei do livre
arbítrio. Naturalmente, você observa que tudo já existia antes de você, continua mesmo nesse seu período difícil da
vida e continuará depois que a sua estadia por aqui não passar de uma
lembrança. Isso não atrapalhará a sua busca para curar-se, mas para quem tem a
crença, os caminhos são mais fáceis, porque terá motivações mais fortes para
vencer a doença. Isso talvez o faça pensar estar sendo ambíguo e mostra a
maneira mais fácil e explícita de todas até aqui tratadas para as fugas.
Normalmente, antes de sua chegada até aos especialistas da
psique, você por livre iniciativa e que tem uma crença verdadeira, procurará
lenitivos nela, o que não é negativo - muito pelo contrário. Se o seu caminho
não foi esse, pode ter certeza que outros lhe serão sugeridos.
O ser humano, desde os seus primórdios, já adorava os astros
celestes, o fogo, a água. Com o seu desenvolvimento surgiu o politeísmo, as
seitas orientais, o cristianismo com todos os seus cismas... Opções não haverão
de faltar-lhe. A princípio, não refute a ajuda espiritual que lhe oferecerem.
Mantenha suas crendices, mas com certeza em momentos você estará em meio a um ecumenismo que poderá trazer maiores transtornos que
benefícios. Pondere que a sua crença básica não deve ser abalada: ela deverá
continuar a ser a sua pilastra mestra. Acresça a ela o que julgar pertinente, mas
mantenha uma linha para não se perder.
A religiosidade está em alta como nunca esteve, podendo
envolvê-lo com oportunistas e isso é que não falta na praça. Portanto, cautela
em suas peregrinações. Lembre-se que você ainda é um alvo fácil. Evite as ciladas,
se precavendo. Você não perdeu sua capacidade de discernimento; apenas está
triste e fragilizado.
Não se condene por apegar-se à religiosidade, que é como
sabemos, um fato muito comum. Afinal, somos humanos e entre nós, isso é
perfeitamente necessário. Nas horas difíceis é onde
mais lembramos das nossas crendices, esse porto seguro nos
torna mais fortes e, como se diz, a fé remove montanhas.
Você sente ou sentirá que mesmo os terapeutas laconicamente,
cautelosamente, nos incentivam para que não deixemos nossas crenças de lado. O
tratamento especializado não é incompatível com a nossa religiosidade. Muito
pelo contrário, eles se completam; um pode servir de apoio para o outro.
Procure positivar-se em suas atitudes e pensamentos, pois é
comprovado pela própria ciência que a terra onde vivemos, mantém o seu
equilíbrio na compensação das cargas negativas e positivas. Agindo dessa forma,
você vibrará de acordo com a natureza, o exemplo maior.
O aconselhamento de leituras de salmos se ainda não aconteceu,
pode ter certeza que ainda virá. Talvez abranja todo o Novo Testamento, não
deixe de lê-los - ainda que seja agnóstico, pois eles trazem ensinamentos de
vida preciosos; são pérolas do saber humano, iluminados pelo divino.
Livros e mais livros lhe serão sugeridos. Leia-os. Ler nunca
é demais, não com a pretensão de nos tornarmos sábios, mas de aplicar os
ensinamentos da leitura no nosso dia a dia. Esse lazer servirá também, para preencher o seu tempo e você com
certeza, há de sentir-se melhor.
Campanhas religiosas lhe serão ofertadas – algumas exigirão
a sua presença, se possível faça-as. Afinal, tudo se resume entorno de um Ser
supremo, as maneiras de se chegar a Ele é que divergem. Se a sua religião não
lhe permite escapes, não se contrarie, fique só com os seus dogmas.
Aprofunde-se nos seus ensinamentos, isto o fará sentir-se melhor. Como na vida
tudo tem o seu preço, lembre-se dessas palavras: "Faça a sua parte, que eu
lhe ajudarei".
Se você não crê em entes superiores e o embasamento material
já lhe é suficiente, procure fazer a ua parte, acreditando que somos possuídos
de energias vitais e que, se usadas
positivamente, podem nos levar aonde quer que pretendamos.
Podemos estar cercados por uma multidão e nos sentirmos sós.
Já que estamos falando de entidades maiores, porque só você há de ser o centro
das atenções? Existem "n" pessoas, "n"
coisas além de você e no seu íntimo, o nosso "eu"
vem em primeiro lugar, depois o resto. Se assim não for está errado, pois está
escrito que devemos amar a Deus como a nós mesmos, e que fomos feitos a sua imagem e semelhança. Se você deixou
de se amar, medite nas colocações escritas por Milton em "Paraíso
Perdido": "O cérebro é o seu próprio lugar e pode, dentro dele, fazer
do céu um inferno, ou do inferno um céu". No seu caso pode ser que se
enquadre na primeira premissa, mas suas crenças poderão ajudá-lo a fazer do seu
inferno um céu.
A relatividade do tempo nos leva a pensar na morte e aqui voltamos
ao separador: de quem Nele acredita daqueles que não. Isso porque a morte para
os primeiros, significa o renascimento para uma nova vida e para os outros o
fim: a matéria dará continuidade ao ciclo vital da terra. Não importa a crença,
mas o fato mais concreto continua a ser a morte, o que torna importante tomarmos a resolução: por que não viver enquanto
ela não chega? Mas viver é não vegetar. É muito importante que você viva até
morrer.
Respeitar o ciclo vital para os que Nele crêem, torna-se mais
significativo, devido às leis do pós-morte existentes. Os não crentes podem não
se sentir aprisionados, daí onde colocamos as antagens de quem as possui sobre
o outro grupo.
Antes devem procurar se amar, tornar possível a realização
de suas curas, encontrar novamente os caminhos do poder sonhar e adotar o lema:
‘Liberdade é pouco; o que eu quero ainda não tem nome". Mas lembrando
sempre: "O preço da liberdade é a “eterna vigilância". Como
complemento: "A liberdade de um termina quando começa a do outro".
Tudo isso se aplica na aceitação dos outros como são, inclusive com as suas
crenças religiosas.
A esperança nos recursos humanos, para a sua cura, como sabemos
é básica, cabe a você colaborar e lembrar que: "Ele deixou as coisas para
se organizarem por si mesmas".
Confortavelmente, pense: "não sou dono do mundo, mas
sou filho do dono".
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