Técnicas de Psicoterapia Holística,
Recomendação de Florais,
Apoio nos tratamentos de Transtornos Depressivos, Ansiedades, Pânico, Fobias, Disfunções Alimentares, Terapia de Casais.

CRTH-BR 0899 ABRATH
ATENDIMENTOS (AGENDAR)
(27) 3349-7262 /=/ 99292-2237

terça-feira, janeiro 29, 2013


 
 
DEPRESSÃO

 
Um humor deprimido, perda de interesse ou prazer são os sintomas básicos de depressão. o transtorno depressivo afeta 3% a 11% da população ao ano, exercendo considerável impacto econômico. Infelizmente permanece sem diagnóstico e sem tratamento em 30% a 50% dos casos.
A depressão está inclusa no Bloco do CID-10 de Transtornos de Humor. Nestes transtornos a perturbação fundamental é uma alteração do humor, usualmente para depressão (com ou sem ansiedade associada) ou elação. Essa alteração do humor é normalmente acompanhada por uma alteração no nível global de atividade e a maioria dos outros sintomas é secundária ou facilmente compreendida no contexto de tais alterações. A maioria desses transtornos tende a ser recorrente e o início dos episódios individuais é frequentemente relacionado com eventos ou situações estressantes. Os sintomas mais comumente percebidos partem tanto de alterações fisiológicas quanto de mudanças de estados emocionais e cognitivos.
 As pessoas, normalmente, experimentam uma ampla faixa de humores e têm repertório variado de expressões afetivas; elas sentem-se no controle, mais ou menos, de seus humores e afetos. Os transtornos de humor constituem um grupo de condições clínicas caracterizadas pela perda deste controle e de uma experiência subjetiva de grande sofrimento (Kaplan, Sadock, Grebb, 1997).
Os pacientes com humor elevado mostram expansividade, fuga de idéias, sono diminuído, auto-estima elevada, e idéias grandiosas. Os pacientes com humor deprimido têm perda de energia e interesse, sentimentos de culpa, dificuldades para concentrar-se, perda de apetite, pensamentos sobre morte e suicídio. Outros sinais e sintomas incluem alterações nos níveis de atividade, capacidades cognitivas, linguagem e funções vegetativas (sono, apetite, atividade sexual e outros ritmos biológicos). 
O termo transtorno, de acordo com a CID-10 é usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado a sofrimento e interferência com funções pessoais. Desvio ou conflito social sozinho, sem disfunção pessoal, não deve ser incluído em transtorno mental.
O Transtorno Depressivo Maior é um transtorno comum, com uma prevalência durante a vida de cerca de 15, talvez, até 25% em mulheres. O Transtorno Bipolar é menos comum que o Transtorno Depressivo Maior, com uma prevalência no período de vida de cerca de 1%, similar à esquizofrenia. Mas o curso do transtorno bipolar não é tão favorável quanto o de depressão; o custo do transtorno bipolar para os pacientes, suas famílias e a sociedade é significativo. Enquanto a maioria das pessoas com transtorno bipolar acaba recebendo atendimento médico e tratamento, cerca de metade apenas das pessoas com transtorno depressivo chega a receber tratamento específico. 
Independentemente do país ou cultura, a prevalência de transtorno depressivo unipolar é duas vezes maior no sexo feminino. As razões para tal fenômeno ainda são desconhecidos e podem, segundo Kaplan, Sadock, Grebb (1997), está relacionado a diversos estresses, parto, modelos comportamentais de aprendizado e efeitos hormonais. 
No transtorno bipolar a prevalência é igual para homens e mulheres.  
A idade de início para o transtorno bipolar varia da infância (5 ou 6 anos) aos 50 anos ou mesmo depois (em casos raros), com idade média de 30 anos. 
A idade média de início para o transtorno depressivo é de 40 anos (50% dos pacientes têm um início entre 20 e 50 anos).
História da Depressão
A depressão tem sido registrada desde a Antiguidade. A história do Rey Saul, no Antigo Testamento, descreve uma síndrome depressiva, assim como a história do suicídio de Ajax, na Ilíada, de Homero. Cerca de 400 a.C. Hipócrates usou os termos "mania" e "melancolia" para perturbações mentais. Por volta do ano 30, Aulus Comelius Celsus descreveu a melancolia em seu trabalho De re medicine como uma depressão causada pela bile negra. O termo continuou a ser utilizado por outros autores médicos, incluindo Arateus, Galeno e Alexandre de Talles, no século VI. O médico judeu, Moses Maimonides, no século XII, considerou a melancolia como uma entidade patológica distinta. Em 1685, Bonet descreveu uma doença mental à qual chamou de maníaco-melancholicus.  (Kaplan, Sadock, Grebb, 1997)
Em 1864, Jules Falret descreveu uma condição chamada de folie circulaire, na qual os pacientes experimentam humores alternados de depressão e mania. 
Emil Kraepelin, em 1899 descreveu uma psicose maníaco-depressiva que continha a maioria dos critérios usados atualmente pelos psiquiatras, para o estabelecimento do diagnóstico de Transtorno bipolar. 
EPISÓDIO DEPRESSIVO 
De acordo com o CID-10, no episódio depressivo o indivíduo sofre de perda de interesse e prazer e energia reduzida levando a uma fatigabilidade aumentada e atividade diminuída. Cansaço marcante após esforços leves é comum.  
- Concentração e atenção reduzidas;
- auto-estima e autoconfiança reduzidas;
- idéias de culpa e inutilidade;
- visões desoladas e pessimistas do futuro
- idéias ou atos autolesivos ou suicídio;
- sono perturbado;
- apetite diminuído.
Em alguns casos, ansiedade, angústia e agitação motora são mais proeminentes do que a depressão. A mudança do humor pode ser mascarada por irritabilidade, consumo excessivo de álcool, comportamento histriônico, exacerbação de sintomas fóbicos ou obsessivos preexistentes ou por preocupações hipocondríacas. Para o diagnóstico é requerida uma duração de pelo menos duas semanas, mas períodos mais curtos podem ser razoáveis se os sintomas são inicialmente graves e de início rápido (Cid-10, 1993).
De acordo com o CID-10 a presença de demência ou retardo mental não exclui o diagnóstico de um episódio depressivo tratável. 
A CID-10 considera as seguintes subcategorias para episódio depressivo: episódio depressivo leve; episódio depressivo moderado; episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos; episódio depressivo grave com sintomas psicótico.         
Episódio depressivo leve  
Presença de humor deprimido, perda de interesse e prazer e fatigabilidade aumentada mais pelo menos dois dos outros sintomas. Nenhum dos sintomas deve estar presente em grau intenso. A duração mínima é de duas semanas. No episódio leve o indivíduo está usualmente angustiado pelos sintomas e tem alguma dificuldade em continuar com o trabalho do dia-a-dia e atividades sociais, mas provavelmente não irá parar suas funções completamente.
Episódio depressivo moderado
Devem estar presente dois ou três sintomas mais típicos; e pelo menos três (preferencialmente quatro) dos outros sintomas. Duração mínima de duas semanas. O indivíduo terá dificuldade considerável de continuar as atividades sociais, laborais ou domésticas.
Episódio depressivo sem sintomas psicóticos
Angústia ou agitação considerável. Perda de auto-estima ou sentimento de inutilidade ou culpa, provavelmente são proeminentes e o suicídio é um perigo marcante. Todos os três sintomas típicos devem estar presentes e mais pelo menos quatro outros sintomas (alguns de intensidade grave). É improvável que o paciente seja capaz de continuar suas atividades sociais, laborais ou domésticas, exceto em uma extensão muito limitada.
Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos
Além dos critérios para episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos há a presença de delírios, alucinações ou estupor depressivo. Os delírios envolvem idéias de pecado, pobreza ou desastres iminentes, pelos quais o paciente pode assumir a responsabilidade. Alucinações auditivas ou olfativas são usualmente de vozes difamatórias ou acusativas, ou de sujeira apodrecida ou carne em decomposição. Retardo psicomotor grave pode evoluir para estupor. Delírios e alucinações podem ser especificados como humor-congruente ou humor-incongruente.
Estupor depressivo deve ser diferenciado da esquizofrenia catatônica, do estupor dissociativo e das formas orgânicas de estupor. 
TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE
Segundo a CID-10 são episódios repetidos de depressão, sem história de episódios independentes de elevação do humor e hiperatividade que preencham os critérios para mania. Contudo a categoria deve ainda ser mantida se há evidência de breves elevações do humor e hiperatividade leve, os quais preencham os critérios para hipomania, imediatamente após um episódio depressivo (às vezes aparentemente precipitado pelo tratamento de uma depressão). 
A CID-10 reconhece ainda as seguintes subcategorias para transtorno depressivo recorrente: transtorno depressivo recorrente, episódio atual leve; transtorno depressivo recorrente, episódio atual moderado; transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave sem sintomas psicóticos; transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave com sintomas psicóticos; transtorno depressivo recorrente, atualmente em remissão; outros transtornos depressivos recorrentes; transtorno depressivo recorrente, não especificado.
Características Clínicas da Depressão
Um humor deprimido, perda de interesse ou prazer são os sintomas básicos de depressão. Os pacientes descrevem como sendo de dor emocional lancinante. Alguns se queixam de serem incapazes de chorar. Cerca de 2/3 dos pacientes relata que pensa em se matar e 10 a 15% comete o suicídio. Entretanto os pacientes deprimidos, às vezes, parecem não estar conscientes da depressão e não se queixam de uma perturbação de humor, embora exibam retraimento da família, amigos e atividades que anteriormente lhe interessavam (Kaplan e Sadock, 1997).
Quase todos os pacientes queixam-se de uma diminuição da energia que resulta em dificuldade para terminar tarefas, comprometimento na escola e no trabalho e motivação diminuída para assumir novas tarefas.
Cerca de 80% dos pacientes queixam-se de problemas para dormirem, especialmente despertares nas primeiras horas da manhã e múltiplos despertares durante a noite, durante os quais rumina m sobre seus problemas. Muitos indivíduos têm perda de apetite e perda de peso. Alguns, porém, têm aumento do apetite, ganho de peso e maior sono. A ansiedade é um sintoma comum, afetando 90% dos indivíduos com depressão (Kaplan, Sadock, 1997).
As variadas mudanças no consumo alimentar e repouso podem agravar doenças médicas coexistentes, como diabetes, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica e cardiopatia. Outros sintomas incluem anormalidades menstruais e diminuição do interesse e desempenho sexual.
Os sintomas cognitivos incluem relatos subjetivos de incapacidade para concentrarem-se e comprometimento do pensamento.
Em crianças, fobia à escola e apego excessivo aos pais podem ser sintomas depressivos. Um baixo rendimento na escola, abuso de substâncias comportamento anti-social, promiscuidade sexual, faltas injustificadas à escola e fugas de casa podem ser sintomas de depressão em adolescentes (Kaplan, Sadock, 1997).
A depressão é mais comum em idosos do que na população geral. Pode estar correlacionada com baixa situação socioeconômica, perda do cônjuge, doença física concomitante e isolamento social. 
Kaplan e Sadock (1997) relatam que o retardo psicomotor generalizado é o sintoma mais comum, embora agitação psicomotora possa estar presente. A apresentação clássica de um paciente deprimido envolve uma postura curvada sem movimentos espontâneos e um olhar abatido e perdido. Quando exibem amplos sintomas de retardo psicomotor se assemelham à esquizofrenia catatônica. Muitas pessoas deprimidas apresentam uma redução da velocidade e intensidade da fala, respondendo com monossílabos, quando perguntados, e demorando em responder. Com freqüência ocorre concentração comprometida e esquecimento.
Têm risco aumentado de suicídio à medida que começam a melhorar e recuperar a energia necessária para executarem e planejarem um suicídio (suicídio paradoxal). Kaplan e Sadock (1997) dizem que um erro clínico comum consiste em prescrever a um paciente deprimido uma grande quantidade de antidepressivos (especialmente antidepressivos tricíclicos). 
Diagnóstico diferencial da depressão
Muitos transtornos médicos e neurológicos e agentes farmacológicos podem produzir sintomas de depressão. Muitos pacientes com transtorno depressivo procuram um clínico geral com queixas somáticas. 
A investigação deve incluir testes das funções da tireóide e da adrenal. Qualquer droga que o paciente esteja usando deve ser considerada como um fator potencial de transtorno do humor. Drogas cardíacas e agentes anti-hipertensivos, antiepilépticos, drogas antiparkinsonianas, analgésicos, antibacterianos e antineoplásicos, estão geralmente associados com sintomas depressivos. Os problemas neurológicos mais comuns que se manifestam com sintomas depressivos são: a doença de Parkinson, doenças causadoras de demência, epilepsia, doenças cérebro-vascular e tumores.
Referências:
depressao#ixzz2JMXRWES9
Psicologado - Artigos de Psicologia
Siga-nos:
@Psicologado no Twitter | Psicologado no Facebook



 

domingo, janeiro 06, 2013

 
 
Para Manter seu Trabalho
 
Pirineus de Souza
“Quando a Depressão Ataca”
 
Em meio a outras colocações o assunto já foi abordado de maneira mais indireta, mas é primordial fazer-se a pergunta: o meu trabalho me interessa de fato? Não será ele a causa principal dos meus problemas? Poderei sobreviver sem ele? Uma reciclagem não seria interessante para mantê-lo? A procura de outra atividade não é mais aconselhável? Faça sua análise particular e com o seu terapeuta, o que possa estar prejudicando quem. O seu trabalho a você, ou você a ele? Se for você a causa, tente de toda forma se readequar a ele, pois como o desemprego e a competição dos dias de hoje são grandes, não podemos ignorar que no seu estado, só tenderá a levar desvantagens, relativamente àqueles que estão bem e no páreo.
Se nas perguntas iniciais você se conscientizou que não terá meios de sobrevivência sem o que faz e não tem outra opção para outro reinício, alie-se aos remédios e aos terapeutas.
Troque-os se necessário. Encare os fatos como possíveis e não como passíveis de seremresolvidos. No desempenho das suas tarefas, você lida com equipamentos que exigem atenção, ou agilidade na operação? O seu médico terá que saber para adequar a medicação a esse manuseio, ou mesmo afastá-lo, enquanto não tenha condições.
Observe-se, como está a sua destreza, a sua atenção, os seus reflexos, a produtividade. Escute as considerações que lhes sejam feitas, todos são indícios para não acontecerem fatos desagradáveis e não sendo possível você executar suas tarefas habituais, tente uma mudança temporária nos seus afazeres.
Afastamentos só devem acontecer em último caso e a volta ao que habitualmente você executa, só quando estiver apto. Evite ao máximo os pedidos constantes de licenças e nesse tempo, não use as folgas facultativas desnecessariamente.
Você poderá precisar delas mais à frente. Caso você ainda não fez uma autocrítica, outros podem fazê-la. Basta não valorizar a assiduidade, o desemprego, a cordialidade para com os colegas, e você sabe, a fila de interessados em sua vaga é imensa. Portanto, não despreze os detalhes que no final podem contar pontos.
Nem sempre somos ligados às Leis Trabalhistas, mas elas contêm nuances, detalhes que antes nos pareciam supérfluos. Mas, nesse momento, é indispensável que os valorizemos e os entendamos. Para isso, procure ler sobre o assunto e se informar, até onde vão os seus direitos. Informe-se de pormenores, entrelinhas, inclusive assegure-se deles. Faça consultas junto ao seu sindicato, a profissionais que entendam.
Por vezes vemos o chefe, o patrão como vilões, e nem sempre vamos estar em estado de autocriticar-nos e concluirmos pela nossa culpabilidade nos problemas com o trabalho. O dito popular, "a corda sempre arrebenta do lado do mais fraco" é verdadeiro. Compulsivamente, somos levados a tomar partido de nós mesmos, mas será que estamos certos? Não foi falha nossa?
Nesse sentido é bom sabermos junto aos nossos superiores como anda o nosso desempenho no serviço e reflita se é possível uma melhora, ou se estamos aquém dessa expectativa devido ao nosso estado.
Seus colegas por certo estão achando-o diferente, mas não têm idéia da sua turbulência interior. Não é necessário que o saibam, a não serem os mais íntimos. Hoje a medicina é capaz de ajudá-lo a camuflar os sintomas e mais uma vez repito, não estou pedindo ou induzindo você a mentir e sim, tanto quanto possível, omitir.
A tristeza por si só, talvez não lhe tenha causado sintomas aparentes e lhe seja difícil guardar só para você o que está se passando. Como a depressão é muito complexa e difícil de ser compreendida, os profissionais da medicina que no momento lhe tratam, não são vistos pela maioria como os mais recomendáveis. Se reserve. Sempre haverá alguém para tocar na ferida. Seja cauteloso em seus desabafos e em sua maneira de agir. O momento assim exige.
Se alguma das perguntas iniciais não puder ser respondida de imediato, não se apresse em fazê-lo. Deixe para quando os problemas estiverem sob controle. Também analise onde você se enquadra e quais as soluções a tomar. Observe se não está chegando atrasado ao seu trabalho. Se não está se ausentando com muita freqüência, ou mesmo saindo mais cedo. O dormir poderá estar sendo um canal de fuga, a ida ao bar da esquina. Aqui dou uma parada maior. Você não estará bebendo demais, e mesmo durante o horário de expediente? Mesmo que não esteja fazendo isso durante seu horário de trabalho, a sua ressaca não estará interferindo no seu humor, na sua capacidade de raciocínio? Responda para você mesmo: o álcool não pode estar servindo de válvula de escape?
Se for, reaja, procure ajuda, pois se você não se contiver, não só seu trabalho estará comprometido, mas todo o seu mundo, interior e exterior. Seja o álcool, remédios sem serem devidamente receitados, drogas, todos são inimigos do seu sustentáculo. Se por esses caminhos ocorrem as suas fugas, que seja apenas um deles, continuar realimentando-os significa uma derrota após outra em sua vida. A mistura de qualquer um desses vícios com antidepressivos pode ser fatal, sem contar nas seqüelas que podem provocar. Durante o seu tratamento nem o hábito de beber socialmente pode ser cultivado, tampouco a já famosa - primeira dose.
Olhe a sua volta, quantas pessoas não têm o privilégio de poder trabalhar como você. Não tiveram as oportunidades que você teve, não são preparadas profissionalmente como você, têm deficiências que as impossibilitam de exercer o que você executa. Agradeça a vida por assim ser, e procure os meios para que continue. Pode até parecer impossível, mas você terá que lutar com todas as suas forças e meios. Imagine: minha depressão vai passar e vou ter de continuar a trabalhar. Ela há de passar mais cedo ou mais tarde e seu trabalho continuará.
Portanto, não encoste, não o afaste antes do tempo certo ou devido. No capítulo “Ela Aposentou Você” literalmente, enfoquei situações em que as pessoas involuntariamente tiveram de se aposentarem, devido á depressão. Existem casos em que nem toda boa vontade do mundo conseguiu deter a marcha dos acontecimentos. Mas como foi tratado, nem tudo está perdido e para continuar a viver, sempre há de existir esperanças e sonhos.
Nunca tudo estará perdido. Mas esse não será o seu caso, você há de se superar e recorrerá a todos os meios ao seu alcance para se manter ocupado com o seu trabalho. Pense nessa possibilidade e vislumbre um futuro sombrio, a ociosidade, a falta do que fazer. Será bem pior de administrar. Talvez tenha que redobrar suas forças, a sua criatividade para um recomeça Incerto. Nada melhor que autocontrolar-se e manter o certo, o seguro e que você já sabe como fazer.
Com ajuda ou sem ela, você concluiu que o seu trabalho é o motivo real da sua depressão. Nada mais resta a fazer. Você não se sente bem, falta-lhe motivação, sente calafrios só de pensar no trabalho, é a angústia do seu existir. Pode ser uma conclusão camuflada, às vezes "os colegas" são os que mais o chateiam e você não pode afastá-los. Seja prático, peça transferência para outro local. Não fuja da realidade, que o problema é você e não os outros. Fale com seus terapeutas, encontre caminhos, paliativos, um meio termo para harmonizar o quadro. Caso todos eles falhem, não aja por impulso. Isso sempre, ou quase sempre, funciona. Se tudo estivesse bem com você, o seu espírito de luta, de autoperseverança poderiam lhe ajudar, mas não é esse seu caso. Agindo cautelosamente, você poderá manter seu trabalho até que se recicle, aprimorando-se em sua própria atividade ou em outra. Só que procurando acertar para que não venha no futuro, arrepender-se da escolha.
Errar é humano, mas perseverar no erro não é nada recomendável. Sendo a vida uma escola, olhe ao seu redor e encontrará muitos exemplos do que estamos falando.
Por você ter caído de cabeça no seu trabalho, esqueceu-se de avaliar suas condições físicas e psicológicas para executá-lo e dar continuidade a ele. O bom senso manda você ir mais devagar à consecução dos seus objetivos, ou até mesmo dar um tempo para que você volte à forma. Essa de que "o importante é agora" poderá estar sendo a causa da sua situação, no fundo do poço. E o futuro? Ninguém depende de você? Nesse seu futuro está seu trabalho? Sem ele como será a sua vida? Não será a falta de férias? Mas preste atenção, se você as gozou e alguma coisa ainda vai de mal a pior, será que realmente é o seu trabalho o problema? Se questione, se cobre uma resposta. O motivo pode ser outro bem diverso para a sua falta de motivação e tristeza.
Enfoquei os prós e os contras, devido aos casos em questão, tenderem a se manter enquanto não houver a superação ou aniquilação dos motivos que os ocasionaram. O seu trabalho não estará sendo afetado por causas externas, devido aos seus problemas afetivos, a sua situação financeira, a sua saúde física? Os motivos poderão advir deles e não do seu serviço. Só o culpe, quando afastadas todas as possibilidades. Ele não pode tornar-se bode expiatório, se é essencial para a sua sobrevivência.
Priorize seus valores, a solução dos problemas que o afetam, revitalize sua vontade de trabalhar, de produzir. Você pode ter 20 anos e se encontrar nessa situação, mas vale à pena abandonar o que você está fazendo? Pode não ser ele a causa.  Você pode ter 40, 50 anos, a situação é a mesma? Diria que sim, pois todos terão de recomeçar, nem sempre assertivamente. Daí, você pensa como a estrela do outro brilha e a sua não. Acontece. Nem perfeitos somos por natureza. É tudo uma questão temporária.  Depois, mais equilibrado, o brilho da sua voltará. Por isso repetimos, vá sempre em frente, nem que seja pelos lados.
Você já tem tempo de serviço suficiente para aposentar-se, mesmo assim racionalize. Não o faça enquanto não tiver outras perspectivas de atividades ocupacionais, coisa que já deveria ter feito, mas foi pego de surpresa pela angústia. Protele, até pressentir o que vai fazer, mesmo que o impossível aconteça: chegar à conclusão que não poderá fazer nada. Mas aí você terá todo o tempo do mundo para pensar e chegar as suas próprias conclusões.